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Globo Tecnologia e Games
Fortaleza, Segunda-feira, 27 Janeiro 2025

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  1. Presidente americano diz que discute com "diversas pessoas" sobre a compra da plataforma. TikTok chegou a sair do ar no país por um dia, mas Trump assinou decreto que permite que o aplicativo siga funcionando nos EUA por mais 75 dias. Trump disse que tomara decisão sobre TikTok nos EUA em 30 dias Getty Images O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse no sábado (25) que deve tomar uma decisão sobre o futuro do TikTok no país "nos próximos 30 dias". Ele também disse que está "discutindo com várias pessoas sobre a compra da plataforma". "Falei com muitas pessoas sobre [a compra do] o TikTok e há grande interesse no TikTok", disse Trump a repórteres no Air Force One durante um voo para a Flórida no sábado. A Reuters informou que duas pessoas com conhecimento das discussões disseram que a administração Trump está trabalhando em um plano para salvar o TikTok, que envolve recorrer à empresa de software Oracle e a um grupo de investidores externos para efetivamente assumir o controle das operações do aplicativo. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O TikTok chegou a sair do ar nos EUA no dia 18 de janeiro após decisão da Justiça, que alegava questão de segurança nacional pelo da dona do aplicativo, a ByteDance, ser sediada na China, mas voltou ao ar no dia 19 após Donald Trump prometer adiar a proibição do acesso ao aplicativo no país. A fala foi dada um dia antes da posse do presidente americano. Assim que assumiu ao cargo, Trump assinou uma ordem executiva que permite que o aplicativo siga funcionando nos EUA por mais 75 dias. Sob o acordo que está sendo negociado pela Casa Branca, a ByteDance manteria uma participação na empresa, mas a coleta de dados e as atualizações de software seriam supervisionadas pela Oracle, que já fornece a base da infraestrutura da web do TikTok, disse uma das fontes à Reuters. No entanto, em seus comentários aos repórteres no voo, Trump disse que não havia falado com Larry Ellison, da Oracle, sobre a compra do aplicativo. Questionado se ele estava fechando um acordo com a Oracle e outros investidores para salvar o TikTok, Trump disse: "Não, não com a Oracle. Várias pessoas estão falando comigo, pessoas muito substanciais, sobre comprá-lo e eu tomarei essa decisão provavelmente nos próximos 30 dias. O Congresso deu 90 dias. Se pudermos salvar o TikTok, acho que seria uma coisa boa." Trump: EUA devem ficar com metade do TikTok As fontes disseram que os termos de qualquer acordo potencial com a Oracle ainda não eram claros e provavelmente mudariam. Uma fonte disse que o escopo total das discussões ainda não foi definido e pode incluir as operações dos EUA, bem como outras regiões. Outros que estão disputando a aquisição do TikTok, incluindo o grupo de investidores liderado pelo bilionário Frank McCourt e outro envolvendo Jimmy Donaldson, mais conhecido como a estrela do YouTube Mr. Beast, não fazem parte da negociação da Oracle, disse uma das fontes. LEIA TAMBÉM: Musk, MrBeast, dono da Oracle: quem vai comprar o TikTok? De crítico do TikTok a 'salvador': entenda como Trump mudou de posição sobre a rede social Trump 2025: quais as primeiras apostas do presidente dos EUA na primeira semana no cargo? De acordo com os termos do acordo, a Oracle seria responsável por abordar questões de segurança nacional. O TikTok inicialmente fechou um acordo com a Oracle em 2022 para armazenar informações de usuários dos EUA para aliviar as preocupações de Washington sobre a interferência do governo chinês. A gestão do TikTok permaneceria, para operar o aplicativo de vídeos curtos, de acordo com uma das fontes. Por que o TikTok pode ser banido dos Estados Unidos?

  2. Vídeos apresentando expressões simples de dor e tristeza atraem milhões de visualizações e dedicados admiradores nas redes sociais. Parte do conteúdo online de maior sucesso hoje em dia é melancólico e melodramático Getty Images Seja uma campanha de desinformação financiada por um governo, um criador de conteúdo tentando ganhar seguidores ou uma empresa tentando vender um produto, existe uma forma comprovada de atrair seguidores e ganhar dinheiro na internet: fazer com que as pessoas tenham algum tipo de sentimento. As plataformas de redes sociais vêm sendo questionadas por incentivar os criadores a despertar a raiva entre o seu público. Mas estas críticas costumam se concentrar no conteúdo destinado a enfurecer as pessoas e interagir com as postagens. Esta prática, frequentemente chamada de ragebait, vem recebendo muitas críticas e sendo até responsabilizada por parte da polarização política ocorrida nos últimos anos. Mas a raiva não é a única emoção que leva os usuários das redes sociais a se deter na seção de comentários ou repostar um vídeo. A internet também está repleta do que alguns chamam de "sadbait" – a isca da tristeza. Ela recebe muito menos atenção, mas parte do conteúdo online de maior sucesso hoje em dia é melancólico e melodramático. Os influenciadores filmam a si próprios chorando. Artistas da prática de golpes atraem suas vítimas com histórias de má sorte. Em 2024, TikTokers atingiram centenas de milhões de visualizações com um gênero de vídeos desesperados que recebeu o nome de "Corecore". Neles, recortes de notícias e filmes depressivos são mostrados sobre um fundo de música triste. As pessoas podem achar que não desejam se sentir tristes. Mas postagens sombrias, melancólicas e até perturbadoras parecem apresentar resultados surpreendentes entre os seres humanos e entre os algoritmos selecionadores de conteúdo. O sucesso do sadbait pode nos dizer muito sobre a internet e sobre nós mesmos. "Imagens que mostram emoções fortes de qualquer tipo — raiva, tristeza, nojo ou até risos — cativam os espectadores", afirma a pesquisadora e jornalista investigativa Soma Basu, da Universidade de Tampere, na Finlândia. Ela estuda a difusão da mídia online. Os criadores sabem que seu conteúdo rola nas telas em meio a um fluxo sem fim de vídeos disputando a atenção do público. Ela explica que um apelo emocional, claro e urgente, pode deter os espectadores. Mas Basu destaca que existe algo nas imagens, particularmente de luto, que pode romper a linha que separa o público do conteúdo, criando a oportunidade de formar um tipo especial de conexão. O sadbait também não precisa ser sempre triste para os espectadores. Outro gênero viral de sadbait no Instagram e no TikTok apresenta seleções de imagens geradas por inteligência artificial, mostrando gatos com expressões desoladoras — ao som de uma versão cover, gerada por IA, da melancólica canção What Was I Made For, da cantora Billie Eilish, com miados no lugar da letra. Esses gatinhos infelizes ficaram tão populares que Eilish cantou a versão da música com miados em outubro, no Madison Square Garden, em Nova York (Estados Unidos). E o público presente cantou alegremente junto com ela. 'Miau miau miau': Entenda o fenômeno dos vídeos de gatinho de Inteligência Artificial O sadbait também não precisa mostrar seres humanos reais e seus sentimentos. Na primavera de 2024 no hemisfério norte, imagens geradas por IA de veteranos de guerra feridos e crianças pobres dominaram os feeds do Facebook. Pesquisadores indicam que estas postagens ficaram entre as que mais receberam interações na plataforma. E, quando uma imagem gerada por IA de uma vítima imaginária do furacão Helene viralizou nos Estados Unidos, influenciadores de direita e até uma política republicana responderam que "não importava" que a imagem fosse falsa porque as pessoas se identificaram com ela. Sejam ou não imagens reais, as pessoas adoram essas sensações. Algoritmos e o público Os pesquisadores que analisam conteúdo altamente emocional online, seja desinformação ou memes, relacionam seu sucesso aos objetivos de maximizar o envolvimento das plataformas de redes sociais. Seus algoritmos são projetados para promover as postagens que fizerem seus usuários passarem mais tempo comentando, observando e compartilhando. Quanto mais reações gerar uma postagem, seja qual for o motivo, maior será a probabilidade de que ela seja exibida para outras pessoas. A lógica é simples. Os usuários da internet, como o público do cinema e os leitores de livros antes deles, reagem ao conteúdo triste e sentimental — e os algoritmos promovem este tipo de material. Nas grandes plataformas de redes sociais, os criadores de conteúdos são pagos com base no tempo e na profundidade de interação dos usuários com suas postagens. E a melhor forma de atingir o público é satisfazer os algoritmos. Por isso, os criadores tentam descobrir o que a máquina irá promover e alimentam aquele tipo de conteúdo, criando um ciclo sem fim de produção e promoção. Talvez haja um certo cinismo nas técnicas usadas pelos criadores de conteúdo para alavancar as visualizações. Mas os vídeos com sadbait não pretendem apenas despertar emoções. Eles podem oferecer um canal para vivenciar esses sentimentos e analisá-los, segundo a pesquisadora de desinformação Nina Lutz, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos. "Não acho que seja uma reação ao conteúdo em si", explica Lutz, "mas, sim, o conteúdo serve de espaço para permitir o encontro de pessoas com interesses e experiências em comum." Contas no TikTok com séries de fotografias borradas em preto e branco de iluminação de rua com legendas sobre a depressão atingem milhões de visualizações. Seus perfis costumam deixar frases como "as mensagens diretas estão abertas se você precisar falar". Entre os comentários sobre imagens claramente geradas por IA de crianças chorando e veteranos de guerra feridos, estranhos compartilham seus problemas totalmente humanos, de forma franca e detalhada. "Leio comentários e discussões sobre agressões sexuais, perda de bebês, pólio, aborto, perda de irmãos e filhos, profunda solidão e crises de fé", conta Lutz. "Temas tristes e pesados. Já precisei me afastar do meu computador diversas vezes." Usar as postagens como lugar para falar sobre os próprios problemas é uma prática antiga na internet. "Quando eu era adolescente, isso acontecia muito em espaços de fãs no Tumblr, que também eram fóruns públicos", conta Lutz. "As pessoas estão em busca de conexão e a encontram em lugares talvez pouco ortodoxos." E as conversas dos usuários sobre suas próprias vidas nos comentários dos vídeos de sadbait atraem o olhar dos observadores, alimentando o algoritmo. Leia também: Pagamento por foto da íris atraiu meio milhão de brasileiros, com foco na periferia de SP, até ser barrado pelo governo Musk, MrBeast, dono da Oracle: quem vai comprar o TikTok? Aulas de choro Este tipo de conteúdo é especialmente útil em um mundo onde a tristeza pode ser tabu, explica Soma Basu. Ela estudou um gênero peculiar de vídeos deprimentes nas redes sociais indianas. São os chamados "vídeos de choro". Neles, influenciadores indianos fazem sincronização labial e choram no TikTok, ao som de áudio repostado de filmes ou músicas. Este tipo de vídeo formou uma categoria própria de conteúdo viral, até a proibição do aplicativo no país, em 2020. O sucesso foi tão grande que é possível encontrar até vídeos educativos que ensinam os criadores de conteúdo a produzir vídeos de choro. Após a proibição do TikTok, muitos influenciadores que fizeram carreira com vídeos de choro virais migraram para o Instagram Reels. Para Basu, os vídeos de choro "viralizaram porque eles não se enquadram nas normas sociais aceitas". Ver as pessoas expressarem emoções — o que, normalmente, só ocorre em privado — oferece aos espectadores "acesso raro e valioso a algo particular, velado e especial". Este tipo de intimidade digital pode parecer voyeurismo da parte do público e exibicionismo dos criadores. Mas o conteúdo triste também desempenha uma função mais profunda, expondo e comentando sobre aspectos da sociedade offline, segundo Basu. "Na sua exibição apaixonada de emoções, [estes vídeos] complicam e expõem a fissura entre diferentes tipos de divisões — de classe, casta ou etnia, gênero, sexualidade, grau de instrução e assim por diante", explica ela. Um dos fatores que faz com que o conteúdo triste atraia o público é a contínua releitura do seu possível significado GETTY IMAGES A transgressão representada por exibir emoções em momentos inesperados ou demonstrar empatia por alguém de outro grupo social faz parte da atração do público sobre os vídeos de choro, explica Basu. Nos vídeos do TikTok, como em qualquer outro tipo de arte ou apresentação, os usuários e criadores podem agir fora das linhas habitualmente permitidas pelos códigos e expectativas sociais. Outro fator que faz com que o conteúdo triste atraia o público é a contínua releitura do seu possível significado. "Novas interpretações surgem à medida que ele circula por diferentes grupos sociais", segundo Basu. "Estes vídeos alimentam conexões sociais diversas." O vídeo de choro pode começar com um menino adolescente na casa dos pais, explorando qual seria a sensação de chorar em público. Mas ele pode se transformar em uma edição de vídeo ridicularizada por um criador irônico, uma ocasião para que duas mulheres idosas em diferentes partes do mundo se conectem pelas histórias dos seus filhos ou em uma carreira promissora como influenciador dirigindo carros de luxo para aquele mesmo adolescente que chorou no vídeo. Foi o que aconteceu com Sagar Goswami, um dos influenciadores indianos estudados por Basu. Mas Nina Lutz destaca que, muitas vezes, os especialistas e observadores examinam os ecossistemas digitais como se as pessoas fossem participantes inconscientes de uma gigantesca máquina criada para atrair a atenção. Para ela, existem forças técnicas, econômicas e psicológicas importantes navegando nas águas da internet, mas isso não significa que seus usuários estejam desatentos. "As pessoas percebem isso", explica Lutz. "Os usuários diários compreendem a economia do engajamento." "Precisamos nos afastar dessa percepção de que o público digital não sabe nada sobre essa dinâmica — eles participam dela!" Os seres humanos online não são como peixes em um barril. Pelo contrário, eles são consumidores esclarecidos que usam o barril, a água no seu interior e os anzóis mergulhados nela como instrumentos para atingir seus próprios objetivos, segundo Lutz. Talvez isso explique por que grande parte do engajamento com o conteúdo sadbait estudado por Lutz e por outros pesquisadores é "ao mesmo tempo, irônico e sincero", segundo ela. De fato, um método popular de consumo deste estilo de conteúdo são os comentários no próprio conteúdo, segundo Basu. Os usuários compartilham o sadbait e outras postagens piegas para rir e ridicularizar, ou chegam a reuni-las em compilações do chamado conteúdo "cringe". Mas, para os algoritmos curadores de conteúdo, uma curtida é uma curtida, seja ela irônica ou não. Lutz afirma que muitos usuários sabem que os algoritmos e criadores de conteúdo estão ali para manipulá-los e conseguem reconhecer quando uma postagem não é sincera. Mas, se os usuários se envolverem em uma postagem, o sucesso é garantido, independente do motivo e da forma de engajamento. Como tudo o mais na internet, o conteúdo sadbait pode funcionar por uma razão muito simples: as pessoas querem ver aquilo. Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Innovation. Veja também: World: conheça projeto que paga criptomoedas por registro de íris Usuários reclamam por seguir automaticamente perfil de Trump como presidente nas redes

  3. Elon Musk, David Sacks e Ken Howery, que participaram da criação da empresa de tecnologia em 2000, foram convocados para objetivos tidos como prioritários para o novo presidente. Da esq para dir: Elon Musk, David Sachs e Ken Howery. Os três são unidos pelo fato de fazerem parte do novo governo Trump e integrarem a 'máfia do Paypal' Reuters/Divulgação Três objetivos importantes de Donald Trump em seu retorno à Casa Branca estão nas mãos de executivos que têm, como ponto em comum, a participação na criação da empresa de pagamentos pela internet PayPal, em 2000. Elon Musk, David Sacks e Ken Howery serão responsáveis, respectivamente, por aconselhar o presidente sobre corte de gastos públicos, desenvolver políticas para inteligência artificial e criptomoedas, e tomar o controle da Groenlândia. A chamada “máfia do PayPal” agrega fundadores e primeiros investidores que atuaram na plataforma no início de seu desenvolvimento e depois fizeram sucesso com seus próprios negócios. Os três empresários estão nesse grupo. CEOs de big techs têm lugar de destaque na posse de Trump No novo governo, Musk comanda o recém-criado Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês). Sacks é o “czar de inteligência artificial e criptomoedas”, como definiu Trump. E Howery foi indicado para ser embaixador dos EUA na Dinamarca – seu nome ainda precisará ser confirmado pelo Senado. Todos também estão ligados a outra figura importante para Trump: Peter Thiel, que, em 1998, fundou a Confinity – empresa que daria origem ao PayPal dois anos depois, com a entrada de sócios como Musk e Howery. Ele também foi um dos primeiros investidores externos do Facebook. Thiel não tem cargo no governo, mas é apoiador antigo de Trump e doou dinheiro para suas campanhas em 2016 e 2020. Sua influência sobre o presidente ajudou a emplacar J.D. Vance como vice de Trump. O empresário foi mentor de Vance no setor da tecnologia, segundo o Washington Post. As relações da 'máfia do PayPal', que tem influência no governo Trump Arte g1 Saiba mais sobre os integrantes da 'máfia do PayPal' que estarão no governo: Elon Musk O bilionário Elon Musk SHAWN THEW/POOL/Reuters O dono do X, da Tesla e da SpaceX tem se tornado uma das principais vozes do novo governo, principalmente devido ao alcance de seu perfil na rede social X. Musk foi um dos cofundadores do PayPal, onde se manteve como maior acionista até ele ser comprado pelo eBay em 2002. Na época, ele chegou a ser diretor-geral da empresa e foi substituído justamente por Peter Thiel. Anos depois, os dois estariam juntos no grupo de primeiros investidores da OpenAI, criadora do ChatGPT. Figura central na campanha republicana, gastou cerca de US$ 200 milhões em apoio a Trump, de acordo com a Associated Press Musk já apoiou Hillary: relembre a trajetória O que esperar de Musk dentro do governo Trump O departamento comandado pelo bilionário não é um órgão oficial e funcionará como uma comissão externa, semelhante a uma consultoria. Ele disse que, no DOGE, pretende "expor o desperdício insano e a corrupção governamental" e que a missão do departamento é acabar com "as carreiras de políticos enganadores e egoístas". Na prática, Musk e os demais integrantes darão sugestões de cortes de gastos, mas não terão autoridade para tirá-los do papel porque essas mudanças exigem aprovação do Congresso. O que pode ajudá-los é o fato de que Trump tem maioria tanto na Câmara quanto no Senado. David Sacks David Sacks, 'czar da IA e das criptomoedas' do governo Trump Mike Segar/Reuters Diretor de operações nos primeiros anos do PayPal e fundador da rede de contatos profissionais Yammer, Sacks é amigo próximo de Musk, segundo o The New York Times, e incentivou a entrada do bilionário da Tesla no campo da política. Sua influência no conservadorismo norte-americano também aumentou com o lançamento do podcast de sucesso “All-In”, em 2020. De acordo com a agência Reuters, Sacks foi um defensor pioneiro das criptomoedas. Em entrevista à CNBC, em 2017, ele disse que a ascensão do bitcoin, a principal criptomoeda do mundo, estava revolucionando a Internet. “David orientará as políticas de governo em IA e criptomoeda, duas áreas críticas para o futuro da competitividade americana", anunciou Trump, em dezembro passado. "David se concentrará em tornar a América a líder global em ambas as áreas.” O presidente tem mostrado que prioriza os dois temas em sua gestão. No primeiro dia de governo, ele revogou uma medida de Joe Biden que estabelecia padrões de segurança para a inteligência artificial. No segundo dia, anunciou um investimento de até US$ 500 bilhões para construção de uma infra-estrutura para IA no Texas. Na quinta (23), Trump determinou a criação, em até 180 dias, de um plano de ação de inteligência artificial para desenvolver políticas que possam “sustentar e aprimorar o domínio global de IA dos EUA”. No mesmo dia, ordenou a criação de um grupo de trabalho de criptomoedas encarregado de propor novas regulamentações sobre ativos digitais e explorar a criação de um estoque nacional de moedas eletrônicas, segundo a Reuters. Ken Howery Ken Howery, indicado para ser embaixador dos EUA na Dinamarca Divulgação Outro cofundador do PayPal, Ken Howery é sócio de Peter Thiel na empresa de capital de risco Founders Fund e amigo próximo de Musk – que costuma frequentar sua casa em Austin, no Texas, segundo o The New York Times. Ele não é um novato na política: foi embaixador dos EUA na Suécia entre 2019 e 2021, durante o primeiro governo Trump. Agora, no entanto, a missão como embaixador do país na Dinamarca pode ser bem mais complicada. Howery terá a árdua tarefa de conseguir que os EUA, de alguma maneira, assumam o controle da Groenlândia – um território com governo próprio, mas sob a Constituição da Dinamarca. Ao anunciar Howery, ainda em dezembro, Trump escreveu que “os EUA têm o sentimento de que, para o propósito de segurança nacional e liberdade em todo o mundo, a propriedade e o controle da Groenlândia são uma necessidade absoluta”. Autoridades dinamarquesas e europeias, no entanto, já disseram que a Groenlândia não está à venda e que sua integridade territorial deve ser preservada, o que representa um desafio para qualquer investida norte-americana sobre a ilha. Fantástico explica o que Donald Trump quer ao ameaçar tomar Groenlândia da Dinamarca

  4. O futuro da plataforma chinesa está ligado a decisões políticas a serem tomadas por Donald Trump. O bilionário e conselheiro de Donald Trump, Elon Musk, é um dos vários que querem comprar o aplicativo Reuters Jimmy Donaldson — também conhecido como MrBeast — estava eufórico ao comentar para seus milhões de seguidores no TikTok sobre sua oferta para comprar a plataforma. "Posso me tornar o novo CEO de vocês! Estou super animado!", Donaldson disse, a bordo de um jato particular. Ele prometeu doar US$ 10 mil a cinco novos seguidores aleatórios. A postagem do criador da internet foi visualizada mais de 73 milhões de vezes desde segunda-feira (20). Donaldson disse que não poderia compartilhar detalhes sobre sua oferta, mas prometeu: "Só saibam que vai ser uma loucura." Donaldson é um dos vários pretendentes que expressaram interesse em comprar o TikTok, a plataforma de mídia social extremamente popular que se tornou o centro de um drama político nos Estados Unidos. No ano passado, o então presidente Joe Biden assinou uma lei que deu à empresa controladora do TikTok, a ByteDance, sediada na China, até 19 de janeiro para vender a plataforma ou ser banida nos Estados Unidos. A lei abordava preocupações sobre os vínculos do TikTok com o governo chinês e sobre o aplicativo poder ser um risco à segurança nacional. Por que Mr Beast, o 'rei' do YouTube, está sendo processado por grupo de mulheres Steven Kahn 💰 Bilionários querem TikTok💰 O novo presidente, Donald Trump, levantou a possibilidade de uma joint venture para impedir que o TikTok seja banido nos EUA. "Eu gostaria que os Estados Unidos tivessem uma posição de 50%", disse ele em uma postagem na sua própria rede social, a Truth Social. "Ao fazer isso, salvamos o TikTok, o mantemos em boas mãos e permitimos que ele [permaneça ativo]." Trump assinou uma ordem executiva que permite que o aplicativo siga funcionando nos EUA por mais 75 dias. No início deste mês, a Bloomberg relatou que a China estava considerando uma venda do TikTok para Elon Musk, o homem mais rico do mundo e um aliado próximo de Trump, que já é dono da plataforma de mídia social X. O próprio Musk escreveu no X esta semana que, embora tenha sido contra a proibição do TikTok por muito tempo, "a situação atual em que o TikTok tem permissão para operar na América, mas o X não tem permissão para operar na China é desequilibrada. Algo precisa mudar". Em uma entrevista coletiva na terça-feira, um repórter perguntou a Trump se ele estaria aberto à compra da plataforma por Musk. "Eu estaria se ele quisesse comprá-la, sim", respondeu o presidente. "Eu gostaria que Larry o comprasse também", acrescentou Trump, referindo-se ao presidente da Oracle, Larry Ellison, um antigo apoiador de Trump que estava junto ao presidente no momento. A Oracle é uma das principais provedoras de servidores do TikTok, gerenciando muitos dos data centers onde bilhões de vídeos da plataforma são armazenados. No ano passado, a Oracle alertou que uma proibição do TikTok poderia prejudicar seus negócios. A gigante da computação em nuvem também foi uma das principais concorrentes para comprar o TikTok em 2020, quando Trump estava tentando banir a plataforma. O investidor bilionário Frank McCourt também demonstrou interesse no TikTok e tem dado entrevistas à mídia sobre a perspectiva por vários meses. McCourt disse que quer que o TikTok funcione com tecnologia supervisionada pelo Project Liberty Institute, fundado por ele. Ele tem criticado as práticas de coleta de dados de empresas do TikTok. O Project Liberty quer comprar o TikTok sem incluir no negócio o algoritmo chinês. McCourt disse à CNBC esta semana que o Projeto Liberty "não está interessado no algoritmo ou na tecnologia chinesa", mesmo reconhecendo que a plataforma "vale menos" sem ela. No final das contas, o presidente Trump provavelmente terá um papel importante na seleção de um comprador americano do TikTok. "O vencedor [na disputa pelo TikTok] provavelmente será alguém politicamente simpático ao presidente Donald Trump", disse Anupam Chander, professor de direito na Universidade de Georgetown. Chander disse que o modelo de propriedade conjunta 50-50 não está de acordo com os requisitos da lei aprovada nos EUA, o que pode levar Trump a pressionar o Congresso a revisar a legislação. Por enquanto, o futuro da plataforma permanece no limbo. Chander disse que o governo Biden cometeu um "erro não forçado" ao permitir que a lei desse ao presidente um controle descomunal sobre quem é o dono do TikTok. "Foi uma péssima ideia colocar o futuro de uma plataforma de informação massiva neste turbilhão político", disse o professor Chander. Trump: EUA devem ficar com metade do TikTok

  5. Em entrevista à BBC, ex-Beatle falou sobre os perigos da inteligência artificial para os músicos. Paul McCartney em show em Londres em dezembro de 2024 Reuters O astro do rock e ex-Beatle Paul McCartney disse à BBC que mudanças propostas na legislação de direitos autorais podem permitir que tecnologias que "roubam os artistas e músicos" sejam implementadas, impossibilitando todos de ganhar a vida fazendo música. O Reino Unido está considerando uma revisão da lei que permitiria que desenvolvedores de inteligência artificial (IA) usem o conteúdo de criadores na internet para ajudar a desenvolver seus modelos — a menos que os detentores dos direitos se manifestem expressamente contra isso. Em uma rara entrevista para a BBC, Paul disse que "quando éramos crianças em Liverpool, encontramos um emprego que amávamos, mas que também pagava as contas". Para ele, as propostas poderiam remover o incentivo para escritores e artistas e resultar em uma "perda de criatividade". O governo disse que pretende criar segurança jurídica por meio de um regime de direitos autorais que forneça aos criadores "controle real" e transparência. Paul disse à BBC: "Você tem rapazes, moças, surgindo que escrevem uma música linda, e eles não são donos dela. Eles não têm nada a ver com ela. E qualquer um que quiser pode simplesmente roubá-la." "A verdade é que o dinheiro está indo para algum lugar... Alguém está sendo pago, então por que não deveria ser o cara que se sentou e escreveu Yesterday?" Ele fez um apelo ao governo para revisar os planos atuais, dizendo: "Nós somos o povo, vocês são o governo! Vocês deveriam nos proteger. Esse é o seu trabalho." "Se você está apresentando um projeto de lei, tenha certeza de que está protegendo os pensadores criativos, os artistas criativos, ou você não terá mais eles." Paul McCartney, George Harrison, Ringo Starr e John Lennon em 1967 PA Media Programas de inteligência artificial generativa (o tipo de AI que cria conteúdos novos, como textos, imagens, músicas e vídeos que parecem ter sido feito por um humano) fazem mineração de dados — ou seja, eles "aprendem" como gerar conteúdo através da análise de grandes quantidades de dados. O governo do Reino Unido está atualmente consultando propostas que permitiriam que empresas de inteligência artificial usem material disponível na internet sem respeitar direitos autorais no processo de mineração de texto ou dados. As propostas dariam aos artistas ou criadores uma chamada "reserva de direitos" — a capacidade de optar por não ter seu conteúdo sujeito à mineração. Mas os críticos do plano acreditam que não é possível para um escritor ou artista individual notificar milhares de diferentes provedores de serviços de inteligência artificial de que não querem que seu conteúdo seja usado dessa forma, ou monitorar como seu trabalho está sendo usado em toda a internet. Uma proposta alternativa para que os artistas optem por dar sua permissão para que seu conteúdo seja usado será apresentada na Câmara dos Lordes esta semana. Tom Kiehl, presidente-executivo da UK Music, que representa diversos produtores culturais no Reino Unido, disse: "os planos do governo de mudar a lei de direitos autorais para facilitar que empresas de IA usem a música de artistas, compositores e empresas musicais sem sua permissão colocam a indústria musical em um grande risco". "Seria uma aposta arriscada contra o setor criativo que já está contribuindo com mais de 120 bilhões de libras (mais de R$ 870 bilhões) para a economia e seria contraproducente para as próprias ambições de crescimento do governo." "Não há evidências de que os criadores de conteúdo possam efetivamente 'optar por evitar' que seu trabalho seja treinado por sistemas de IA e, portanto, essa aparente concessão não oferece nenhuma garantia para aqueles que trabalham com música." Um porta-voz do governo disse que a indústria musical do Reino Unido produziu "alguns dos artistas mais celebrados da história". "É por isso que lançamos uma consulta para garantir que a estrutura de direitos autorais do Reino Unido ofereça fortes proteções para artistas com relação à IA", diz o porta-voz. "Nosso objetivo é fornecer segurança jurídica por meio de um regime de direitos autorais que forneça aos criadores controle real, transparência e os ajude a licenciar seu conteúdo." O porta-voz acrescentou que o governo estava "ansioso para ouvir as opiniões da indústria musical sobre essas propostas" e "só avançaria quando estivermos confiantes de que estamos fornecendo clareza, controle e transparência para artistas e o setor, juntamente com acesso apropriado a dados para inovadores de IA". Em 2023, Paul e Ringo Starr usaram IA para extrair as vozes de uma demo inacabada deixada por John Lennon para produzir uma nova música, Now and Then. A música, anunciada como o último lançamento de uma música dos Beatles, recebeu muitos elogios e foi indicada a dois Grammys e um prêmio Brit. Paul encerrou recentemente em Londres sua turnê Got Back, na qual o músico de 82 anos tocou na França, Espanha e Brasil. LEIA MAIS: Reino Unido lança moedas em homenagem a Paul McCartney Relógio de luxo que foi de John Lennon pertence a Yoko Ono, decide justiça

  6. Consumo compulsivo de conteúdos de baixa qualidade está associado a redução no volume de massa cinzenta em regiões do cérebro responsáveis por tomada de decisões, apontam estudos. O que é brain rot? Embora possa parecer exagerado à primeira vista, o termo "cérebro podre" ou "podridão cerebral", da expressão em inglês "brain rot", pode ser mais literal do que pensamos. Eleita a palavra do ano de 2024 pelo Dicionário Oxford por mais de 37 mil pessoas, o termo descreve, de acordo com a Oxford University Press, a deterioração mental causada pelo consumo excessivo de conteúdo superficial, especialmente na internet. As citações ao termo em inglês aumentaram 230% entre 2023 e 2024, refletindo uma preocupação social crescente com esse fenômeno. Assim, o que começou como uma expressão coloquial encontrou apoio na ciência. Pesquisas citadas pelo jornal britânico The Guardian indicam que o uso excessivo de mídias sociais e o consumo compulsivo de conteúdo de baixa qualidade – como notícias sensacionalistas, teorias da conspiração e entretenimento vazio – podem literalmente encolher a massa cinzenta, diminuir a capacidade de atenção e enfraquecer a memória. Uma combinação de efeitos que faz com que o termo "podridão" não pareça exagerado. Do e-mail à rolagem infinita Os primeiros sinais de alarme soaram no início do século com algo que hoje nos parece inofensivo: o e-mail. Como o jornal El País noticiou recentemente, citando um artigo do Guardian de 2005, uma equipe da Universidade de Londres, após 80 testes clínicos, descobriu que o uso diário de e-mail e telefone celular causava uma queda média de dez pontos no QI dos participantes, um impacto que eles descreveram como mais prejudicial do que o uso de maconha. Imagine então o que acontece agora com a constante enxurrada de tweets, stories, reels, notificações, pushes e fluxos intermináveis de conteúdo. Os aplicativos modernos são projetados especificamente para nos manter viciados, aproveitando o que Michoel Moshel, pesquisador da Universidade Macquarie, descreveu ao El País como "a tendência natural do nosso cérebro de buscar novidades, especialmente quando se trata de informações potencialmente prejudiciais ou alarmantes, uma característica que já nos ajudou a sobreviver". Mudanças cerebrais preocupantes Em geral, o quadro atual é preocupante. Uma meta-análise de 27 estudos de neuroimagem revelou que o uso excessivo de internet está associado a uma redução no volume de massa cinzenta em regiões críticas do cérebro responsáveis pelo processamento de recompensas, controle de impulsos e tomada de decisões. De acordo com Moshel, essas alterações são semelhantes às observadas em casos de dependência de substâncias como metanfetaminas e álcool. Além do ambiente clínico, o "uso desordenado de tela" tem sido estudado em ambientes educacionais. Uma meta-análise citada em um artigo do The Conversation, do qual Moshel é um dos autores, lista 34 estudos que vinculam o uso compulsivo a um desempenho cognitivo significativamente inferior, especialmente no que diz respeito a atenção sustentada e controle de impulsos. O problema, de acordo com o relatório, não se limita aos mais jovens; ele também afeta adultos que passam muitas horas na frente de celulares e computadores. Adolescentes passaram mais de 8 horas por dia em frente às telas em 2021, segundo ONG americana Pexels Ainda assim, o problema é particularmente grave entre os jovens. De acordo com dados de 2021 da ONG americana Common Sense Media citados no The Conversation, pré-adolescentes passam 5 horas e 33 minutos por dia em frente às telas, enquanto esse tempo é de 8 horas e 39 minutos para adolescentes. Na Austrália, por exemplo, uma pesquisa realizada em 2020 pelo Instituto Gonski da UNSW revelou que 84% dos educadores consideram tecnologias digitais uma distração na sala de aula. De acordo com uma pesquisa da organização australiana especializada em saúde mental Beyond Blue, citada pela emissora americana ABC, o tempo excessivo de tela está entre os principais desafios para os jovens, perdendo apenas para problemas de saúde mental. Círculo vicioso da era digital Eduardo Fernández Jiménez, psicólogo clínico do Hospital La Paz, em Madri, explicou ao El País que o cérebro ativa diferentes redes neurais para gerenciar diferentes tipos de atenção. O bombardeio constante de estímulos variáveis afeta particularmente nossa capacidade de atenção sustentada, que é fundamental para o aprendizado acadêmico. O problema é agravado por um círculo vicioso difícil de romper: de acordo com um estudo publicado na revista Nature, pessoas com saúde mental debilitada têm maior probabilidade de consumir conteúdo de baixa qualidade, o que, por sua vez, piora seus sintomas. E quanto mais tempo se passa em frente à tela, mais difícil é reconhecer e limitar o problema. Existe uma solução? Pesquisadores apontam que uso excessivo de internet reduz a massa cinzenta em regiões do cérebro Pexels Especialistas recomendam uma abordagem em duas frentes: qualidade e quantidade. É fundamental estabelecer limites claros para o tempo de tela e fazer um esforço consciente para se desligar. Atividades que exigem presença física, como esportes ou reuniões com amigos, são essenciais para neutralizar os efeitos negativos do uso prolongado da tela, recomendou o psicólogo Carlos Losada em dezembro ao El País. Também é importante dar prioridade a conteúdos educativos que evitem características viciantes e estabelecer intervalos regulares. Porque, como sugere a pesquisa, o "cérebro podre" pode ser mais do que uma metáfora, mas um processo real de deterioração cognitiva causada por nossos hábitos digitais. Com as empresas de tecnologia projetando algoritmos para maximizar nosso tempo de tela e um público cada vez mais digitalizado, o desafio vai além do indivíduo. É preciso políticas públicas que incentivem a transparência e a educação digital crítica. A ironia é que essa "podridão cerebral" pode estar alterando a forma como percebemos e respondemos ao mundo justamente quando mais precisamos de nossas capacidades cognitivas. Talvez seja hora de lembrar que existe um mundo além da tela, um mundo que nossos cérebros foram realmente projetados para explorar. VEJA VÍDEOS DO G1 SAÚDE: Mais que IMC: especialistas propõem reformulação de diagnóstico da obesidade Mofo: veja como eliminar e quando o bolor é perigoso à saúde

  7. A partir deste sábado (25), World não poderá mais remunerar quem topar ter a 'impressão digital' ocular registrada. Afinal, o que é feito com os dados e por que iniciativa levanta preocupações? World: conheça projeto que paga criptomoedas por registro de íris A World, iniciativa que registra a íris de humanos para que ela sirva como uma "impressão digital" mais avançada, diz que seu objetivo é diferenciar pessoas de robôs cada vez mais convincentes. No entanto, para muitos moradores de São Paulo, uma das cidades dos 18 países onde o projeto atua, ter o olho fotografado era um jeito de ganhar um dinheiro extra: cerca de R$ 600 em criptomoedas (na cotação da última sexta-feira, 24). Mas, a partir deste sábado (25), o projeto não poderá mais remunerar quem participar dele, segundo determinação da Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) divulgada um dia antes. O órgão é responsável por fiscalizar o cumprimento da Lei Geral da Proteção de Dados (LGPD). A ANPD entende que o pagamento "pode interferir na livre manifestação de vontade dos indivíduos". E que essa interferência pode acontecer "especialmente em casos nos quais potencial vulnerabilidade e hipossuficiência (expressão jurídica que se refere à falta de condições financeiras) tornem ainda maior o peso do pagamento oferecido". Os registros da íris dispararam em São Paulo desde o fim do ano. Antes focado no Itaim Bibi e nos Jardins, áreas nobres da capital, o escaneamento está agora em bairros como Brasilândia, Cidade Dutra e Cidade Líder, de renda mais baixa. Muitas pessoas que o g1 entrevistou em pontos da periferia e também no Centro da cidade não sabiam explicar do que se tratava o protocolo World e nem se havia riscos. Fiquei sabendo pelos meus amigos, que divulgaram um aplicativo que estava dando dinheiro. Eu questionei ‘De graça, assim?’ e confirmaram, 'De graça'. Eu vim pelo dinheiro mesmo. Estou duro. Mas nada é de graça, né? Registro de íris avança para extremos de SP Por ora, São Paulo é a única cidade no Brasil que participa. Mas a World tem planos de estender o projeto para outras regiões do país muito em breve disse Rodrigo Tozzi, gerente de operações da Tools for Humanity, em entrevista ao g1 no último dia 17. A Tools é a empresa responsável pela operação da World, uma iniciativa que tem, entre seus fundadores, Sam Altman, da Open AI — a criadora do ChatGPT (saiba mais). Após a decisão da ANPD, a World disse que "está em conformidade com todas as leis e regulamentos do Brasil" e que "relatos imprecisos recentes e atividades nas mídias sociais resultaram em informações falsas para a ANPD". A disparada dos registros O boca a boca e as redes sociais fizeram a ideia da oportunidade se espalhar. São muitas as postagens que tratam da "venda de uma foto da íris", especialmente no TikTok. A contagem de participantes parou, 10 dias atrás, em "mais de 400 mil pessoas", e não é mais atualizada pela World. Eram 115 mil no começo de novembro passado, quando o projeto foi retomado em São Paulo depois de uma fase de testes, em 2023. Movimento em ponto de cadastramento da íris em Cidade Líder, no extremo da Zona Leste de São Paulo, na penúltima semana de dezembro de 2024 Victor Hugo Silva/g1 O crescimento meteórico acompanhou a velocidade da abertura de novos pontos de escaneamento: a rede saiu de 10 unidades, em novembro, para 51 na última sexta — um número que não parava de subir. A adesão era facilitada pela localização estratégica dos pontos — perto de estações de metrô e trem, além de terminais de ônibus — e à expansão para os extremos da cidade. A maioria das unidades fica fora do Centro expandido da capital. "Se a gente pensa numa cidade como São Paulo e o que a gente está propondo é criar uma ferramenta para toda a humanidade, a última coisa que a gente pode fazer é se limitar à Faria Lima", disse Tozzi, se referindo à avenida que abriga bancos, startups e empresas de tecnologia. O crescimento do projeto chamou a atenção da ANPD, que já tinha pedido explicações sobre o procedimento. Na União Europeia, a autoridade de proteção de dados da Baviera, na Alemanha, determinou a exclusão de dados em todo o bloco, ainda que a World afirme que não fica com os registros das íris. Segundo ela, o dado é codificado, fracionado e guardado por parceiros, incluindo universidades estrangeiras. Especialistas em direito digital e tecnologia ouvidos pelo g1 levantaram preocupações com a clareza das informações que são dadas para os participantes — e se eles realmente estão cientes de como o projeto funciona. E sobre o que será feito com os dados no futuro (leia mais). Fácil de fazer, difícil de explicar World atraiu atenção de milhares de pessoas ao dar criptomoedas em troca de registro da íris; muitos dos entrevistados pelo g1 não sabe explicar como funciona o projeto e nem se há riscos Darlan Helder/g1 ➡️ Fazer o registro é relativamente simples: baixar o aplicativo World App, fazer um cadastro que não exige nenhuma informação pessoal e aceitar os termos e a política de privacidade; escolher local, data e horário para a verificação da íris; no ponto de verificação, assistir a um vídeo sobre inteligência artificial, privacidade e prova de humanidade; nesse local são tiradas três fotos (uma do rosto e uma de cada um dos olhos) com a Orb, câmera de alta definição que escaneia a íris; ainda no local, a pessoa precisa tirar uma selfie dentro do World App, com o celular dela conectado ao wi-fi do projeto; isso é para confirmar que é a dona do celular é a mesma que acabou de fazer as fotos na Orb Até esta sexta-feira (24), o participante também deveria informar se desejava receber criptomoedas Worldcoin (o projeto tem sua própria moeda virtual). O montante pode variar, mas, na última semana, eram 48 moedas (R$ 615, na cotação de 24 de janeiro); 20 moedas eram liberadas 24 horas após o escaneamento da íris. As outras 28 moedas são distribuídas mensalmente, ao longo de um ano. Se o processo para fotografar a íris é rápido, entender o destino dos dados e as implicações disso é desafiador até para quem tem familiaridade com o tema. A partir do registro da íris com a Orb, o que acontece, segundo Tozzi, da Tools for Humanity. é: as fotos viram um código numérico que é criptografado ainda na Orb; esse código é enviado para o celular da pessoa: ela passa a ser dona dessa "impressão digital"; o mesmo código é quebrado em vários fragmentos e é armazenado em diferentes servidores de "terceiros confiáveis". por fim, ele é apagado da Orb. A ideia da World de enviar os códigos fracionados para parceiros é descentralizar essa rede. Os "terceiros confiáveis", que recebem esses dados em pedaços, são as universidades de Berkeley (Estados Unidos) e Erlangen-Nürnberg (Alemanha) e a empresa inglesa de blockchain Nethermind. "Cada fragmento é enviado para um servidor diferente de colaboradores. É impossível reconstruir esse código", disse Tozzi. "Tudo isso é feito para garantir a privacidade, a segurança e que esse processo seja anônimo para todos os usuários". Rodrigo Tozzi, gerente de operações da Tools for Humanity, em entrevista ao g1 Fábio Tito/g1 No entanto, se a World não retém os registros de íris, por que está investindo tanto e pagando para quem aceita participar? O plano é ampliar cada vez mais essa rede de "impressões digitais", ainda que fiquem guardadas (aos pedaços) com os parceiros da World. No momento, a iniciativa não tem integração com aplicativos muito conhecidos. Futuramente, se empresas, como bancos, e governos entenderem que é uma boa usar a íris como forma de diferenciar humanos e robôs, o projeto estará pronto para prestar o serviço, contando com um banco de dados bastante vasto (as pessoas que já têm suas íris registradas). Por exemplo, se uma rede social decide incluir esse modelo como opção de entrada no perfil, em vez de login e senha, ela sabe que já existem milhões de usuários aptos, pelo protocolo World. Até a última divulgação, em 10 de janeiro, eram 10 milhões no mundo. "A infraestrutura está sendo criada para que a solução exista antes da necessidade. Porque, quando a necessidade chegar, talvez seja muito tarde a gente querer construir algo do zero", afirmou Tozzi. Segundo a World, é possível contar com esse tipo de "impressão digital" para para evitar robôs em redes sociais, jogos e aplicativos de bancos e relacionamento, além de deepfakes em chamadas de vídeo e fraudes em programas sociais de governos. As críticas dos especialistas Para o especialista em tecnologia e inovação Arthur Igreja, a explicação de que os dados dos usuários são fragmentados e armazenados em vários servidores não reduz as preocupações sobre o projeto. "Do ponto de vista técnico, esse argumento não faz sentido. O problema central não é onde os dados estão guardados, mas sim os termos de uso e o que será feito com eles no futuro", afirmou. Eles exibem dois vídeos e colocam seu olho no aparelho que eu também não sei o que significa. Eu vou procurar entender, porque foi do nada [que eu vim escanear]. Até agora eu estou viajando O "termos e condições" e a política de privacidade da World, que aparecem no aplicativo quando a pessoa vai se cadastrar, são documentos longos que tratam sobre tudo ligado à rede, incluindo a carteira digital, os apps integrados ao World App e os pontos de verificação. Para Patrícia Peck, advogada especialista em direito digital, esses "termos e condições" contêm cláusulas que podem ser consideradas abusivas e leoninas (que favorecem apenas uma das partes) pela legislação brasileira. No documento, a World não garante que os "serviços" serão exatos, completos, confiáveis ou atuais, e adianta que, na medida do permitido por lei, não será responsável por quaisquer danos "indiretos", "punitivos" e "incidentais" causados ao usuário. O texto também isenta a empresa de responsabilidade por "erros, lapsos ou imprecisões no nosso Conteúdo" e até mesmo por "ações dos Operadores da Orb". "Eles se eximem de responsabilidade se houver ataque hacker que altere os dados dos usuários, inclusive se através dos serviços deles o usuário for contaminado por um vírus", aponta a advogada. Em julho, a província de Buenos Aires, na Argentina, multou a World em 194 milhões de pesos (cerca de R$ 1,1 milhão) por concluir que os termos de uso da iniciativa tinham cláusulas abusivas. Peck também diz que o aplicativo da World não tem informações claras, o que é exigido pela LGPD. "Não é fácil para uma pessoa comum compreender que está realizando uma transação com criptomoedas. Há uma mistura de idiomas, com trechos em português de Portugal e outros em inglês" (veja abaixo). Aplicativo World App apresenta informações em português e em inglês. Reprodução/World App Rafael Zanatta, diretor da Data Privacy Brasil, organização que atua na área de privacidade, o fato de muitos registrarem a íris sem saber como o projeto funciona é, em si, uma violação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). "Quando alguém é induzido a fazer algo sem ter a liberdade e a capacidade de entender plenamente o que está cedendo, isso pode ser caracterizado como um vício de consentimento", avaliou. Yasmin Curzi, pesquisadora do Karsh Institute of Democracy da Universidade de Virgínia (EUA), destacou que a íris é um dado ligado à identidade das pessoas. "O corpo humano não pode ser mercantilizado justamente para proteger pessoas em situação de vulnerabilidade social e econômica", afirmou Yasmin. Câmera Orb, que captura a íris dos olhos. Fábio Tito/g1 Quem está por trás da World? A World é administrada pela World Foundation, organização sem fins lucrativos que se define como gestora, e não dona, da iniciativa. Mas o projeto foi criado pela Tools for Humanity, que, hoje, diz colaborar desenvolvendo o aplicativo World App e fabricando as câmeras Orb. Tanto a World quanto a Tools for Humanity foram fundadas por Alex Blania, CEO das duas entidades, e Sam Altman, CEO da OpenAI (dona do ChatGPT). E quem financia? A World Foundation levantou US$ 115 milhões (R$ 680 milhões, na cotação atual) em sua rodada de investimento mais recente, de maio de 2023, com a participação das empresas de capital de risco Blockchain Capital, Andreessen Horowitz, Bain Capital Crypto e Distributed Global. A World conta com "operadores parceiros" para abrir os pontos de escaneamento da íris, isto é, pessoas que se dispõem a alugar imóveis para atender usuários, num modelo parecido com o de franquias. Esses parceiros são pagos com a ajuda dos investidores. Alex Blania e Sam Altman, fundadores da Tools for Humanity, empresa que opera projeto da Worldcoin Business Wire via AP Meta anuncia fim dos filtros de stories do Instagram criados por terceiros Meta, dona de Instagram e Facebook, encerrará sistema de checagem de fatos Menores desdenham da educação e dizem ganhar muito dinheiro vendendo cursos

  8. Autoridade Nacional de Proteção de Dados concluiu que compensação financeira pelo registro pode interferir na decisão do usuário de dar ou não o consentimento para coleta de dados. Mais de 400 mil pessoas já tinham se cadastrado em pontos de verificação na cidade de São Paulo. Ponto de escaneamento de íris criado pela Worldcoin na Índia, em foto de 25 de julho de 2023 Reuters/Medha Singh A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) determinou nesta sexta-feira (24) que a World, iniciativa que oferece criptomoedas em troca de registro da íris, pare de oferecer compensações financeiras para usuários. A medida entra em vigor neste sábado (25). Segundo os responsáveis pelo projeto, mais de 400 mil pessoas já tinham se cadastrado em pontos de atendimento na cidade de São Paulo. Em troca, elas têm direito de receber cerca de R$ 600 em criptomoedas, considerando a cotação desta sexta. Focado na periferia de SP, pagamento por foto da íris disparou nos últimos 3 meses A ordem da ANPD foi enviada à Tools for Humanity, empresa responsável pela operação da World no Brasil, e também determina que ela indique em seu site o encarregado pelo tratamento de dados pessoais, algo exigido pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A Coordenação-Geral de Fiscalização da ANPD havia iniciado em novembro de 2024 um processo de investigação sobre o tratamento de dados biométricos da World. Naquele mês, o projeto foi lançado de forma oficial no Brasil. Câmera Orb, que captura a íris dos olhos. Fábio Tito/g1 Após a investigação, a Coordenação-Geral concluiu que "a concessão de contrapartida pecuniária pela empresa, por meio de oferta de criptomoedas, pode prejudicar a obtenção do consentimento do titular de dados pessoais". Segundo o departamento, o modelo adotado pela World, que envolve o pagamento de criptomoedas pelo registro, influencia a decisão dos usuários, "especialmente em casos nos quais potencial vulnerabilidade e hipossuficiência tornem ainda maior o peso do pagamento oferecido". "Nos termos da LGPD, o consentimento para o tratamento de dados pessoais sensíveis, como é o caso de dados biométricos, precisa ser livre, informado, inequívoco e fornecido de maneira específica e destacada, para finalidades específicas", afirma a ANPD, em nota. Em nota, a World afirmou que "está em conformidade com todas as leis e regulamentos do Brasil" e que "relatos imprecisos recentes e atividades nas mídias sociais resultaram em informações falsas para a ANPD". "Estamos em contato com a ANPD e confiantes de que podemos trabalhar com o órgão para garantir a capacidade contínua de todos os brasileiros de participarem totalmente da rede World. Estamos comprometidos em continuar a oferecer este importante serviço a todos os brasileiros", afirmou a iniciativa. O g1 perguntou à Tools for Humanity se a empresa vai acatar a decisão da ANPD e o que acontecerá com os pontos de verificação em São Paulo, mas a empresa disse que não tem comentários adicionais além do que já foi compartilhado. O que é a World A A World é uma rede administrada pela World Foundation, organização sem fins lucrativos que se define como gestora, e não dona, da iniciativa. O projeto foi criado pela Tools for Humanity, empresa que hoje diz colaborar com o aplicativo e as câmeras usadas para tirar fotos da íris de usuários. Tanto a World quanto a Tools for Humanity foram fundadas por Alex Blania, CEO das duas entidades, e Sam Altman, CEO da OpenAI (dona do ChatGPT). A World Foundation levantou US$ 115 milhões (R$ 680 milhões na cotação atual) em sua rodada de investimento mais recente, em maio de 2023. O projeto conta ainda com operadores "operadores parceiros" responsáveis pelos locais de verificação e pagos pela World Foundation para atender os usuários. Hoje, são 51 pontos em São Paulo, número que vinha subindo rapidamente desde novembro, quando eram 10 unidades. Alex Blania e Sam Altman, fundadores da Tools for Humanity, empresa que opera projeto da Worldcoin Business Wire via AP Projeto está na mira de autoridades A ANPD não é a primeira autoridade de proteção de dados a tomar uma medida contra a World e a Tools for Humanity. Em dezembro de 2024, o BayLDA, órgão da Baviera na Alemanha, ordenou a exclusão de todos os dados coletados pela World na União Europeia por entender que não há base legal para esse tipo de coleta. Em setembro, a Coreia do Sul multou a World em 1,1 bilhão de wons (cerca de R$ 4,6 milhões) por violar a lei de proteção de dados do país. Em julho, a província de Buenos Aires, na Argentina, multou a World em 194 milhões de pesos (cerca de R$ 1,1 milhão) por concluir que os termos de uso da iniciativa tinham cláusulas abusivas. Loja da World no Shopping Boulervard Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo Darlan Helder/g1

  9. Ferramenta envia notificações que vibram até em aparelhos no modo silencioso e já está disponível nos estados do Sul e do Sudeste. Alerta da Defesa Civil sobre chuva forte nos celulares dos moradores de São Paulo Divulgação Nesta sexta-feira (24), moradores de São Paulo receberam alertas sobre chuva forte em seus celulares pelo sistema de alerta de desastres da Defesa Civil, que começou a operar no dia 4 de dezembro. Essa é a primeira vez que o novo sistema manda mensagens para a capital paulista. Em outras cidades do estado, a notificação já aconteceu 19 vezes. A ferramenta nova é diferente das anteriores porque envia alertas que vibram até em aparelhos no modo silencioso. Também salta na tela e faz o celular apitar. Só sai da tela se o usuário mostrar que leu a mensagem. Isso faz com que o aviso seja mais "intrusivo". Chuva deixa estação de metrô alagada e passageiros se agarram nas grades em SP Os alertas são feitos nas redes das operadoras Vivo, Claro, TIM e Algar. . Para receber o sinal, é preciso ter um celular comprado depois de 2020 – cujos modelos já são compatíveis com a tecnologia – e acesso às redes 4G ou 5G das operadoras. A pessoa recebe o aviso mesmo sem pedir. O novo sistema foi implementado pelas operadoras, em cumprimento a uma determinação da Anatel. Por enquanto, só está disponível nos estados do Sul e do Sudeste. A expectativa é que o sistema seja ampliado para todo o país em 2025. O recado que apareceu para os paulistanos foi: "Defesa Civil: chuva forte se espalhando pela capital paulista com rajadas de vento e risco de alagamento. Mantenha-se em local seguro". Estado de atenção A cidade de São Paulo entrou em estado de atenção para alagamentos em todas as regiões por volta das 15h30 desta sexta-feira (24), conforme o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura. A avenida Sumaré, na Zona Oeste de SP, foi alagada. A linha-1 Azul registrou goteira dentro do vagão. Um teto desabou no shopping Center Norte. Nos próximos dias a previsão é de temporais localizados entre o final das tardes e o início da noite, ainda com sensação de tempo abafado. A chegada de uma frente fria ao litoral de São Paulo no domingo (26) deve reforçar os temporais, principalmente a partir da tarde. As simulações atmosféricas mais recentes indicam que o forte calor, com temperaturas bem acima da média deve diminuir a partir da segunda-feira (27).

  10. Em 18 estados do país, o procedimento é legalizado. Medida foi confirmada pela Meta. A empresa restaurou algumas contas e publicações depois de o The New York Times ter entrado em contato. Facebook e Instagram AP Photo/Richard Drew O Facebook e o Instagram suspenderam contas e ocultaram publicações de perfis de fornecedores de pílulas abortivas nos Estados Unidos, segundo apuração do jornal The New York Times. Segundo a reportagem, dois fornecedores tiveram os posts bloqueados e diversos perfis foram suspensos e deixaram de aparecer nas pesquisas e recomendações nas duas redes sociais. Os donos das contas informaram que o movimento se intensificou nos últimos dois dias. Nos Estados Unidos, o aborto é permitido em 18 estados. Ao jornal, a Meta, dona do Facebook e do Instagram, confirmou algumas suspensões e bloqueio das postagens. A empresa restaurou algumas contas e publicações depois que o The New York Times ter entrado em contato. No dia 7 de janeiro, a Meta anunciou que encerrou o seu programa de verificação de fatos, começando pelos Estados Unidos. Na ocasião, Mark Zuckerberg, presidente-executivo da empresa, disse que a medida eliminaria "restrições sobre alguns assuntos que são parte de discussões na sociedade". Veja o pronunciamento abaixo. Mark Zuckerberg anuncia que Meta vai encerrar sistema de checagem de fatos Ao jornal, a Meta disse que a moderação de contas relacionadas ao aborto não possui ligação à mudança nas políticas. Mas os incidentes levantaram questões sobre se a empresa estava realmente afrouxando as restrições de fala. Um porta-voz afirmou que os incidentes recentes ocorreram porque a plataforma proíbe a venda de medicamentos farmacêuticos sem certificação adequada. A empresa também descreveu alguns dos incidentes como "aplicação excessiva" da regra. Um dos maiores fornecedores de pílulas abortivas nos Estados Unidos, Aid Access, disse que algumas postagens foram removidas de sua conta do Facebook e ocultadas em sua conta do Instagram desde novembro. A empresa disse que foi bloqueada de acessar sua conta do Facebook desde novembro, e sua conta do Instagram foi suspensa na semana passada, apesar de já ter sido restaurada. As contas do Instagram de outros fornecedores, como Women Help Women e Just the Pill, também foram suspensas nos últimos dias. Os provedores disseram que o motivo que a Meta deu a eles para as suspensões foi que suas contas não "seguiam os Padrões da Comunidade sobre armas, drogas e outros bens restritos". As duas contas foram restauradas na quinta-feira. Já a conta da marca Hey Jane ficou invisível na pesquisa do Instagram, disse Rebecca Davis, que lidera o marketing da empresa. Algo semelhante aconteceu em 2023 até que a Meta reverteu a medida, informou. Leia também: Meta publica em português nova política que permite associar público LGBTQIA+ a doenças mentais Vítima que 'namorou' falso Brad Pitt e perdeu R$ 5 milhões tenta encontrar golpistas na Nigéria Veja vídeos: Usuários reclamam por seguir automaticamente perfil de Trump como presidente nas redes Meta, dona de Instagram e Facebook, encerrará sistema de checagem de fatos

  11. Francesa perdeu R$ 5,13 milhões após acreditar que estava tendo um relacionamento virtual com o ator a partir de imagens geradas com inteligência artificial. Brad Pitt posa no tapete vermelho do Globo de Ouro 2020 Jordan Strauss/AP Depois de perder todas as suas economias para um "falso Brad Pitt" criado com inteligência artificial, uma francesa de 53 anos tenta encontrar os golpistas na Nigéria, um país onde esse tipo de fraude é comum. Os criminosos enganaram a vítima, identificada como Anne pela emissora francesa TF1, fazendo-a acreditar que estava tendo um relacionamento virtual com a estrela de Hollywood de 61 anos, usando fotos geradas por inteligência artificial. O caso ilustra como criminosos nigerianos, conhecidos por suas artimanhas na internet, usam novas tecnologias para enganar suas vítimas. Golpe de namoro virtual afeta 4 em cada 10 mulheres, diz pesquisa; entenda por que isso ainda acontece Golpe no Instagram usa fotos e nomes de usuários reais para criar perfil falso de conteúdo adulto e clonar cartões Segundo o relato de Anne ao TF1, alguém se passando pela mãe de Brad Pitt a contatou no Instagram depois que ela postou algumas fotos esquiando nas montanhas francesas. Os golpistas a convenceram de que o ator precisava urgentemente de dinheiro para pagar um tratamento renal porque suas contas estavam congeladas devido ao processo de divórcio de Angelina Jolie. A advogada da vítima, Laurène Hanna, disse que sua cliente perdeu 830 mil euros (5,13 milhões de reais). Anne e seu advogado recorreram ao fundador de um site de rastreamento de golpistas que, segundo o jornal francês Le Parisien, os localizou na Nigéria. "Yahoo Boys" O país mais populoso da África é conhecido por ser a base de muitos golpistas digitais, conhecidos em sua comunidade como "Yahoo Boys". A presença deles na cultura popular não para de crescer desde que o astro da música afrobeat Olu Maintain lançou sua música "Yahooze" em 2007, que elogia esses criminosos. Desde então, muitas músicas sobre esses criminosos cibernéticos se tornaram grandes sucessos na Nigéria. A inteligência artificial deu a eles "uma nova ferramenta" que "apagará o grande avanço feito" no combate a esses crimes, disse o especialista em crimes cibernéticos Timothy Avele. Em julho, a Meta, dona do Instagram, Facebook, Threads e WhatsApp, removeu 63.000 contas do Instagram vinculadas a golpes de extorsão sexual no país do oeste da África. Nesses casos, os criminosos geralmente se passam por mulheres jovens e convencem homens ou adolescentes a enviar fotos comprometedoras para que possam extorquir dinheiro deles. Cerca de dois meses após a decisão de Meta, dois irmãos nigerianos, Samuel e Samson Ogoshi (24 e 21 anos), foram condenados a 210 meses de prisão cada um por terem "explorado sexualmente e extorquido mais de 100 vítimas", incluindo 11 menores. 'Modo ladrão': como ativar proteção contra roubo no Android Teve um nude vazado? Prática é crime; saiba como juntar provas, denunciar e pedir remoção da internet Máfias estrangeiras "Máfias estrangeiras do crime cibernético" também estão tirando proveito das fraquezas da Nigéria nessa área e encontram no país "um lugar lucrativo para estabelecer seus centros de operações", diz Avele. O porta-voz da agência anticorrupção Comissão de Crimes Econômicos e Financeiros (EFCC), Dele Oyewale, diz que sua equipe está preparada para "combater todos os crimes emergentes, incluindo aqueles baseados em IA". No mês passado, a EFCC disse ter prendido 792 suspeitos em uma única operação em um bairro nobre de Lagos, centro econômico e comercial da Nigéria. Pelo menos 192 suspeitos eram estrangeiros, 148 deles chineses, disse a agência. Seu porta-voz disse que gangues estrangeiras recrutam cúmplices nigerianos para procurar vítimas na Internet, especialmente nos Estados Unidos, Canadá, México e Europa. Veja mais: Reconhecimento facial, impressão digital, senha, PIN ou desenho: qual método de bloqueio deixa o celular mais seguro? Golpe do namoro virtual: entenda o que é e por que as pessoas ainda caem Teve um nude vazado? Prática é crime; saiba como denunciar  Golpe da CNH: como se proteger de mensagens falsas sobre suspensão da habilitação

  12. Ação coletiva alega que plataforma alterou política tendo ciência de que a privacidade dos clientes estava sendo violada. Empresa diz que alegações são "falsas e sem mérito". 10 dicas para usar o LinkedIn e conquistar a vaga dos sonhos em 2024 Getty Images/via BBC O LinkedIn, controlado pela Microsoft, está sendo processado por usuários premium da plataforma que alegam que a rede social corporativa divulgou suas mensagens privadas a terceiros, sem permissão, para treinar modelos de inteligência artificial generativa. A proposta de ação coletiva, apresentada na noite de terça-feira (21) em nome de milhões de usuários do LinkedIn Premium, diz que a plataforma introduziu discretamente uma configuração de privacidade em agosto do ano passado que permite aos usuários ativar ou desativar o compartilhamento de seus dados pessoais. Os clientes disseram que o LinkedIn, então, atualizou sua política de privacidade em 18 de setembro para constar que os dados poderiam ser usados para treinar modelos de IA e comunicou, em um hiperlink direcionado a "perguntas frequentes", que a desativação "não afeta o treinamento que já ocorreu". Segundo a denúncia, houve uma tentativa de "cobrir os rastros", sugerindo que o LinkedIn estava plenamente ciente de que violou a privacidade dos clientes e o compromisso de usar dados pessoais apenas para apoiar e melhorar sua plataforma. Em comunicado, o LinkedIn disse que as alegações são "falsas e sem mérito". A ação foi movida no tribunal federal de San José, na Califórnia, em nome dos clientes do LinkedIn Premium que enviaram ou receberam mensagens e cujas informações privadas foram divulgadas a terceiros para treinamento de IA antes do dia 18 de setembro. O processo busca reparação por danos devido à quebra de contrato e violações da lei de concorrência desleal da Califórnia, além de US$ 1.000 por pessoa por violações da legislação federal sobre comunicações armazenadas. A ação foi movida horas depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar uma parceria do governo com a OpenAI - criadora do ChatGPT e apoiada pela Microsoft -, Oracle e SoftBank para construir infraestrutura de IA nos Estados Unidos. O investimento previsto é de US$ 500 bilhões.

  13. Bilionário colocou dúvidas sobre a chegada do dinheiro por parte de investidores e atacou a OpenAI e seu CEO, Sam Altman, que estão envolvidos na empreitada. Elon Musk chegando para reunião com o líder republicano eleito do Senado, John Thune REUTERS/Benoit Tessier O bilionário Elon Musk colocou dúvidas sobre o projeto Stargate, anunciado na terça (21) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que prevê investimentos de até US$ 500 bilhões em inteligência artificial. Musk, que faz parte do novo governo Trump, disse que o dinheiro para a empreitada ainda não está disponível. A afirmação ocorreu em uma resposta do bilionário a uma publicação da OpenAI, criadora do ChatGPT, no X. A OpenAI é uma das empresas parceiras do Stargate, junto da Oracle, de gerenciamento de servidores e bancos de dados, e do banco SoftBank. Musk ajudou a fundar a criadora do ChatGPT, mas deixou a empresa e entrou em conflito com seu CEO, Sam Altman. Ao responder ao post da OpenAI anunciando o projeto Stargate, Musk respondeu que "eles não têm o dinheiro, na verdade". "O SoftBank tem bem menos de US$ 10 bilhões garantidos. Tenho isso de fonte confiável", acrescentou ele. Altman então respondeu a Musk: "Errado, como você certamente sabe". Ele também convidou o empresário a visitar o primeiro local do Stargate, no Texas, que já está em construção. "[O projeto] É ótimo para o país. Eu percebo que o que é ótimo para o país nem sempre é o ideal para suas empresas, mas em sua nova função espero que você coloque os EUA em primeiro lugar", escreveu o CEO da OpenAI, em alusão ao cargo de Musk no governo. Altman foi um dos executivos presentes ao lado de Trump no anúncio do investimento, junto com Masayoshi Son, do SoftBank, e Larry Ellison, da Oracle. Ainda na quarta, o dono da Tesla e do X lançou uma série de postagens críticas a Sam Altman e à OpenAI, acusando a empresa e o CEO de fazerem “propaganda antiamericana”, entre outros ataques. Trump revoga medida de Biden que regulamentava IA A disputa entre Musk e Sam Altman O conflito público sobre o Stargate é parte de uma disputa de anos entre Musk e Altman. Ela começou com um duelo sobre quem deveria comandar a OpenAI, que ambos ajudaram a fundar, segundo a Associated Press. Musk, um dos primeiros investidores e membro do conselho da OpenAI, processou a criadora do ChatGPT no ano passado alegando que ela havia traído seus objetivos de ser um laboratório de pesquisa sem fins lucrativos que beneficiaria o bem público. Desde então, Musk escalou a disputa, entrando com uma ordem judicial que interromperia os planos da OpenAI de se converter integralmente em um negócio com fins lucrativos. Em fevereiro, um tribunal federal da Califórnia realizará uma audiência sobre o caso. Musk lançou no ano passado sua própria empresa de inteligência artificial, a xAI, que está construindo um grande data center em Memphis, Tennessee. O bilionário diz que enfrenta concorrência desleal da OpenAI e de sua parceira de negócios, a Microsoft, que forneceu os recursos de computação necessários para construir sistemas de IA como o ChatGPT. Trump anuncia acordo para investimento de U$ 500 bilhões em Inteligência Artifical O que é o projeto Stargate De acordo com a agência Associated Press, o projeto Stargate já está começando a construir data centers e a geração de eletricidade necessária para o desenvolvimento da tecnologia de IA. No anúncio do investimento, Trump destacou que o Stargate estabelecerá a infraestrutura física e virtual necessária para impulsionar a próxima geração de avanços em IA, incluindo a construção de "data centers colossais". Além de OpenAI, Oracle e Softbank, o Stargate também tem o MGX como investidor de capital. Ao mesmo tempo, gigantes do setor tecnológico como Arm, Microsoft e Nvidia, são os principais parceiros tecnológicos iniciais junto com a Oracle e a OpenAI. A promessa do Stargate é gerar 100.000 empregos. Desafios da IA A inteligência artificial promete aumentar a produtividade com a automatização do trabalho, mas existe o risco de ela substituir empregos se for mal implementada. Em outubro passado, a empresa financeira Blackstone estimou que US$ 1 trilhão seria investido em data centers ao longo de cinco anos nos EUA, com outro US$ 1 trilhão aplicado em outros países. As estimativas sugerem que grande parte do novo capital passará pelo projeto Stargate, já que a OpenAI se estabeleceu como líder do setor com o lançamento, em 2022, do ChatGPT, que cativou a imaginação do público com sua capacidade de responder a perguntas complexas e executar tarefas empresariais básicas. A Casa Branca colocou esforços em geração de eletricidade, em antecipação à expansão da IA, considerando que os EUA estão em uma corrida competitiva contra a China para desenvolver a tecnologia cada vez mais adotada pelas empresas. Ainda assim, a perspectiva de regulamentação da IA permanece incerta, já que Trump revogou um decreto assinado por Joe Biden em 2023 que criava padrões de segurança e uma marca d'água para conteúdo gerado por IA, entre outros pontos. A iniciativa visava colocar barreiras nos possíveis riscos da tecnologia para a segurança nacional e o bem-estar econômico.

  14. Ausência de todas as gigantes de tecnologia em audiência pública sobre mudanças na moderação de conteúdo e regulação das redes é criticada por especialistas, entidades e direção de órgãos públicos que debateram o tema por horas. Mark Zuckerberg, CEO da Meta Reuters Representantes de órgãos públicos, entidades e especialistas que passaram horas debatendo, nesta quarta-feira (22), a regulamentação das redes sociais criticaram a ausência e o silêncio, adotado em bloco, pelas big techs na audiência pública chamada pela AGU (Advocacia-Geral da União). O encontro era uma tentativa de entender e discutir o que pode ser feito sobre o tema, que já está em julgamento pelo Supremo Tribunal Federal. O gatilho para a reunião foi a mudança na norma de moderação de conteúdo da Meta --dona de Facebook, Instagram e WhatsApp. A empresa passou a permitir comentários preconceituosos contra a comunidade LGBTQIA+, mulheres, imigrantes e ainda acabou com a checagem de fake News nos Estados Unidos. Para um integrante da AGU ouvido pelo blog, a "mensagem transmitida pelas redes foi clara: 'não nos importamos'". Após 'big techs' ignorarem debate, AGU vai levar ao STF 14 sugestões para regular redes sociais; veja lista TikTok, X, Meta e outras plataformas digitais recusam convite para debate sobre redes promovido pela AGU Segundo ele, "se tivessem comparecido, poderiam ter exercido democraticamente seu papel de contestação" dos dados apresentados. "Estávamos ali representando os interesses de diversos grupos que, por questões jurídicas, enfrentam vulnerabilidades. Minha hipótese é que não foram porque não tinham argumentos para se contrapor. O nosso próximo encontro será no âmbito da Justiça, que terá a palavra final." Representantes das principais plataformas, convidados, decidiram não comparecer e, em bloco, rejeitaram dar qualquer explicação à imprensa sobre a atitude. A mudança de posição das plataformas, em especial da Meta, ocorre na esteira da eleição de Donald Trump nos Estados Unidos. A posse do americano contou com os donos da Meta, do X, da Amazon e do Google nas primeiras fileiras do palanque. O TikTok, por sua vez, felicitou Trump publicamente em mensagem a seus usuários. O novo presidente americano prometeu impedir o banimento da plataforma nos EUA. A administração anterior, de Joe Biden, via risco à segurança nacional no envio de dados de milhões americanos ao app, que é chinês. A audiência pública tratou com detalhe o uso das plataformas por menores de idade e seu impacto na formação de crianças e adolescentes. O diretor de políticas e direitos das crianças do Instituto Alana, Pedro Hartung, lembrou que 93% de crianças e adolescentes usam a internet no Brasil, 71%, usam o WhatsApp. Para ele, nesse caso as empresas nem sequer podem alegar funcionar como "praças públicas" do debate, mas sim como "shoppings". Trataria-se, portanto, de uma disputa comercial pela "economia da atenção e exploração comercial" de menores.
  15. O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, afirmou ao blog nesta quinta-feira (23) que "já esperava" a ausência de representantes das chamas "big techs" na audiência pública convocada para discutir uma proposta de regulamentação das redes sociais no país. A audiência, feita nesta quarta (23) em Brasília com especialistas, deve resultar em uma lista de sugestões a serem enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) – que julga, desde novembro, ações sobre a responsabilidade das redes sociais por conteúdo postado pelos usuários. (CORREÇÃO: ao ser publicado, esse texto trazia uma lista com as 14 sugestões que seriam enviadas pela AGU ao STF. A AGU, no entanto, informou que esse documento ainda não está concluído e pode sofrer mudanças. A informação foi corrigida às 11h41.) Segundo Messias, o convite às empresas foi enviado porque o governo não queria ser acusado, posteriormente, de tomar alguma medida sem ouvir todos os lados. Já havia uma expectativa, no entanto, de que as firmas não fossem enviar porta-vozes. Como mostrou o blog do Camarotti nesta quarta, as sugestões devem virar um "adendo de memorial" a ser entregue aos ministros do STF. O julgamento dessas ações deve ser retomado a partir de fevereiro – e pode levar essas informações novas em consideração. Big Techs recusam convite da AGU para debater políticas de moderação das redes sociais A audiência pública foi convocada depois que uma mudança nas regras de moderação da Meta gerou polêmica em todo o mundo. 💻 A Meta é uma das maiores empresas de tecnologia do mundo e controla marcas como Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads. Além da Meta, empresas como TikTok, X, Alphabet (Google e YouTube) e Kwai foram convidadas, mas não enviaram representantes. Apesar dessa ausência no debate, Messias afirmou ao blog que o governo insistirá na tese de é que preciso haver um controle mínimo sobre os conteúdos nas redes sociais para proteger grupos vulneráveis – crianças, jovens, mulheres e a comunidade LGBTQIA+, por exemplo. "Regular as redes sociais é um desafio complexo que envolve equilibrar a liberdade de expressão, a privacidade, a segurança e a responsabilidade", diz trecho de um dos materiais preparatórios para o documento que será enviado ao STF.


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O Blog do Anísio Alcântara foi publicado no dia 25 de Março de 2012