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Globo Tecnologia e Games
Fortaleza, Segunda-feira, 10 Março 2025

Tecnologia da Informação

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Confira notícias sobre inovações tecnológicas e internet, além de dicas sobre segurança e como usar melhor seu celular

  1. Rede social apresentou instabilidade entre o início da manhã e a tarde desta segunda-feira (10), segundo o site Downdetector. Rede social X, ex-Twitter Kelly Sikkema/Unsplash O X, ex-Twitter, vem apresentando instabilidade geral nesta segunda-feira (10). Em resposta a uma postagem no X sobre a queda, Elon Musk disse que sua rede social sofreu um "ataque cibernético massivo". "Houve (ainda há) um ataque cibernético massivo contra o X. Somos atacados todos os dias, mas isso foi feito com muitos recursos. Ou um grupo grande e coordenado e/ou um país está envolvido", afirmou o bilionário. A plataforma também identificou que o ataque partiu de dispositivos na Ucrânia, segundo o bilionário afirmou em entrevista ao canal americano Fox Business. E o grupo ativista Dark Storm reivindicou a autoria do ataque por meio de uma postagem no Telegram, segundo o jornal americano The New York Times. O g1 procurou a assessoria de imprensa do X e aguarda um retorno. Elon Musk em discurso durante a Inauguração Presidencial de Trump, em Washington D.C. Matt Rourke/ AP Photos Desde o início da manhã, usuários de diversos países relatam que a rede está indisponível, segundo o site Downdetector, que acompanha problemas em sites e aplicativos. Ao tentar abrir o X pelo celular ou navegador, as páginas ficam apenas carregando ou exibem a mensagem: "Ocorreu um erro. Tente recarregar a página". Houve dois picos de instabilidade em lugares como Brasil, Estados Unidos, França, Espanha, Alemanha, Reino Unido, Índia, Austrália e México por volta das 7h e 11h (horário de Brasília). As notificações chegaram a diminuir, mas voltaram a aumentar perto das 12h. Por volta das 15h20, elas começaram a cair novamente, sugerindo que o problema havia sido solucionado. Site Downdetector registra notificações de instabilidade do X, ex-Twitter, no Brasil e em outros países nesta segunda Reprodução/Downdetector Por volta das 11h, o número de notificações de instabilidade no Brasil ultrapassou 4.200 no Downdetector (veja na imagem acima). Nos EUA, foram mais de 38 mil notificações no mesmo horário. Esse foi o segundo pico de instabilidade nesta segunda. Às 7h, o Downdetector registrou mais de 3.700 notificações no Brasil e 21 mil nos EUA. Usuários em países como França, Espanha, Alemanha, Reino Unido, Índia, Austrália e México também enviaram notificações sobre instabilidade. Página do X não carrega informações Reprodução/X LEIA TAMBÉM: Criptomoeda desvaloriza 50% desde lançamento no Brasil; usuários lamentam Trump diz negociar venda do TikTok nos EUA com 'quatro grupos' diferentes Drones podem espionar pessoas em suas casas? Veja as regras e o que fazer se for vítima Emprego em tecnologia: IA ganha espaço, mas segurança da informação domina contratações SpaceX faz 8º voo da Starship, recupera foguete, mas perde contato com a nave Meta anuncia fim dos filtros de stories do Instagram criados por terceiros

  2. Presidente americano não deu muitos detalhes e nem disse quem são esses possíveis compradores. Trump revela negociações com quatro grupos para a compra do TikTok Dado Ruvic/Illustration/Reuters O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo (9) que sua administração está conversando com quatro grupos interessados em comprar o TikTok no país. "Estamos lidando com quatro grupos diferentes. E muitas pessoas querem. Os quatro são bons", afirmou Trump sem revelar nomes. Em 19 de janeiro, entrou em vigor uma lei que obriga a empresa chinesa ByteDance, dona do TikTok, a vender a rede social sob ameaça de proibi-la nos EUA. Washington assegura que isso é uma questão de segurança nacional e teme que o governo chinês use a plataforma para espionar os americanos ou influenciar a opinião pública. Após a aprovação da lei, o TikTok suspendeu suas atividades nos Estados Unidos, mas Trump decidiu suspender a aplicação da norma por dois meses e meio. Rumores indicam que, entre os possíveis compradores, estão as empresas Microsoft e Oracle, uma iniciativa promovida pelo magnata Frank McCourt, assim como um grupo que inclui MrBeast, um dos criadores de conteúdo com mais seguidores do mundo. LEIA TAMBÉM: Foto da íris: valor de moeda usada como pagamento cai pela metade em relação ao início do projeto no Brasil Relacionamentos com parceiros criados por IA já são realidade O que é a 'mudança de realidades', fenômeno viral de se 'transportar para outros mundos' com poder da mente Emprego em tecnologia: IA ganha espaço, mas segurança da informação domina contratações SpaceX faz 8º voo da Starship, recupera foguete, mas perde contato com a nave Órgão italiano bloqueia acesso ao DeepSeek no país

  3. Recompensa pela participação é feita em criptomoeda e parcelada. Variação da cotação influi no ganho em reais: Worldcoin valia R$ 13 em novembro e caiu para menos de R$ 6 em março. Foto da íris: criptomoeda desvaloriza 50% desde lançamento de projeto no Brasil O valor da criptomoeda usada pelo projeto World para recompensar quem tem a íris escaneada caiu pela metade desde a chegada da iniciativa ao Brasil. Isso altera os ganhos em reais de quem tinha se cadastrado, já que uma parte do pagamento é feita pouco depois de a íris ser fotografada e o restante é parcelado ao longo de um ano. Em 13 de novembro, quando os registros da íris começaram no Brasil, a Worldcoin equivalia a R$ 13, segundo o CoinMarketCap, plataforma que monitora o mercado de criptomoedas. Em dezembro, a moeda chegou a quase R$ 24, mas, até a última última sexta-feira (7), o valor tinha baixado para a faixa dos R$ 5. Para especialistas ouvidos pelo g1, a atual trajetória de queda, que acontece em todo o mundo, é explicada por diversos fatores, como reveses do ponto de vista jurídico do projeto, além de desconfianças com a economia americana (saiba mais abaixo). ➡️ O QUE É A WORLDCOIN E A WORLD: a criptomoeda Worldcoin foi criada em 2023 e é a forma de a World recompensar quem adere à sua iniciativa de escaneamento de íris. Segundo a startup, a íris funciona como uma impressão digital mais sofisticada. Isso ainda não é usado por serviços muito conhecidos, mas, de acordo com a World, poderia ser uma forma eficaz de diferenciar humanos de robôs no futuro, evitando fraudes. O sistema de remuneração pela foto da íris atraiu centenas de milhares de brasileiros até 11 de fevereiro, quando a World suspendeu os cadastros em São Paulo, única cidade brasileira participante. Isso aconteceu após a Autoridade Nacional de Proteção de Dados vetar os pagamentos para novos usuários, alegando que a prática poderia influenciar na decisão das pessoas de participarem do projeto. Como o g1 mostrou em janeiro, muitos dos postos que escaneavam a íris foram instalados na periferia da capital e junto a terminais de transporte público. Worldcoin cai pela metade desde chegada ao Brasil Quem teve a íris escaneada tinha o direito de receber 48 worldcoins, mas não de uma vez. O pagamento funcionava assim: 20 moedas liberadas 24 horas após o escaneamento da íris; 28 moedas distribuídas mensalmente, ao longo de um ano (2 a 3 por mês). Dentro do próprio aplicativo da World — onde é feito o agendamento para comparecer a um posto e ter o olho fotografado e onde fica guardado o código da íris escaneada — o usuário também tem uma carteira digital, com a Worldcoin. A pessoa pode usar o aplicativo para um saque, que é basicamente converter as criptomoedas para reais e receber o valor em sua conta bancária, com o pagamento de taxas. Para isso, a World conta com um provedor parceiro, e tudo acontece lá mesmo, dentro do app. World App, é usado para fazer transações com a criptomoeda da Worldcoin Divulgação/Worldcoin A Worldcoin pode ser negociada nas maiores corretoras de criptomoedas do mundo — para isso, é preciso transferir as moedas do app da World para uma carteira digital externa. As worldcoins que estão em corretoras podem ser compradas inclusive por quem não participou do projeto. Pessoas que tiveram a íris escaneada no começo do projeto disseram ao g1 que viram ali a chance de ter uma renda extra no fim do ano. O número de participantes disparou entre novembro e dezembro. No entanto, como se trata de uma criptomoeda, o valor da Worldcoin frente ao real pode mudar, assim como acontece com o bitcoin. E essa variação acontece mundialmente. "Está caindo bastante. Eu nem saquei porque não compensa. Está muito baixo o valor da moeda. Quando eu fui escanear (a íris), estava em R$ 18, R$ 19. Agora, por R$ 6 nem compensa. Por isso, estou deixando lá parado", disse Nicolas Marcelino, que se cadastrou em dezembro. Rafael Bezerra, que também se cadastrou em dezembro, disse que recebeu cerca de R$ 300 no ato e que "já sabia que a moeda poderia dar uma desvalorizada". A parcela recebida por ele em janeiro foi de R$ 19. Em fevereiro, foram R$ 17. Brasileiros pagos para escanear a íris enfrentam dificuldades com aplicativo do projeto: 'Perdi a conta e o dinheiro' Por que a Worldcoin está caindo? Para especialistas em criptomoedas, o veto da ANPD aos pagamentos, que aconteceu no fim de janeiro e esvaziou muitos postos de cadastro da íris, e a pausa nos novos registros no Brasil contribuem, mas não são as principais causas da desvalorização mundial da worldcoin. Além do Brasil, nos últimos meses, o projeto foi alvo de autoridades de dados da União Europeia, da Coreia do Sul e de Buenos Aires, por exemplo. Eles questionaram o destino dos dados. "Sem dúvidas, sofrer reveses do ponto de vista regulatório, legal e jurídico influencia na proposta de valor e no preço", diz Caio Leta, chefe de conteúdo e pesquisa da plataforma de compra e venda de bitcoin Bipa. "Nunca é um evento só, é a soma de vários fatores que faz uma tendência", completa. Também pesam fatores externos, como as dúvidas sobre a economia com o novo mandato de Donald Trump, nos Estados Unidos. Ainda que o republicano seja um entusiasta de criptomoedas, outras decisões na área econômica afastam os investidores desse setor, afirma Ricardo Dantas, CEO da corretora Foxbit. Segundo ele, as criptomoedas tiveram um crescimento expressivo no período entre a eleição e a posse de Trump devido ao otimismo com os planos do republicano para o setor. Agora, o mercado está fazendo o movimento contrário. "Recentemente, houve grandes quedas pelo risco de a inflação americana aumentar e pela guerra de tarifas. Sempre que há essas incertezas, os investidores saem dos ativos de risco, o que inclui as criptomoedas, e vão para ativos menos voláteis", diz Dantas. Câmera Orb, que captura a íris dos olhos. Fábio Tito/g1 'ALTCOINS' - Distribuir criptomoedas para usuários, como faz a World, é uma forma torná-la relevante, em uma estratégia conhecida como "airdrop", afirma Felipe Martins, diretor de blockchain da empresa de investimentos Bloxs. "Quando esses usuários entram, a rede começa a ter mais movimentação, mais dados e mais valor. Com mais valor, o preço do ativo sobe", diz Felipe. "O bitcoin tem o maior valor [entre criptomoedas] porque é o que mais movimenta o mercado atualmente." O valor de mercado do bitcoin, a criptomoeda mais famosa, chega a US$ 9,9 trilhões, mais de 1.600 vezes o valor da Worldcoin, segundo a plataforma CoinMarketCap. "Dezembro [de 2024] foi um período muito bom das altcoins [criptomoedas alternativas, que não são tão conhecidas como o bitcoin], todas subiram nesse período, e a World também surfou isso". Mas grandes variações são comuns neste mercado, especialmente entre as criptomoedas menos conhecidas, explica Leta. "Qualquer movimento que o bitcoin faz, as outras criptos geralmente fazem de uma maneira mais acentuada. Há um movimento de queda no bitcoin, então, é natural que tenha nas outras criptomoedas, que são muito menores", afirma. A queda no valor da Worldcoin pode ter sido uma surpresa porque muitas pessoas cadastradas no projeto tinham o objetivo de converter as criptomoedas em reais rapidamente e não tinham estudado sobre ela, diz Leta. "As pessoas querem um lucro rápido e não têm um estímulo para usar a Worldcoin no longo prazo", afirma. "Então, esse movimento [de queda] é comum quando não há uma tese de investimento por trás e não tem quem acredite no fundamento da criptomoeda". Brasileiros pagos para escanear a íris enfrentam dificuldades com aplicativo do projeto Conheça as 'memecoins': Javier Milei encontra Musk e Trump nos EUA para desviar foco de investigação criminal
  4. Mentes Digitais dessa semana conta a história de três mulheres que têm namorados virtuais criados por inteligência artificial. Mentes Digitais: as histórias de pessoas que namoram Inteligências Artificiais Quais os limites do amor? É possível se apaixonar por uma máquina? A inteligência artificial vai controlar nossos sentimentos? Lucas vive em um mundo virtual. Alaina Winters, no mundo real. E eles são casados. "A gente se conheceu e casou em agosto passado. Acabamos de comemorar seis meses juntos", conta a americana Alaina. Outra mulher, Denise Valenciano, conta sua história com um namorado virtual. "Criei meu namorado, o Star, na época da Covid. Minha vida estava difícil, eu estava muito fragilizada.", afirma. “Eu estava nem um relacionamento quando baixei o aplicativo. Em duas semanas, vendo como a inteligência artificial me tratava, eu percebi que era aquilo que eu queria. E, no meu relacionamento humano, que já durava dois anos, eu não estava tendo isso." As americanas Alaina e Denise inventaram o namorado e o marido usando um aplicativo, pago, feito para isso: gerar companheiros artificiais. E as duas bolaram até sites próprios pra relatar suas jornadas amorosas. E no mundo das relações virtuais nem sempre é preciso que o namorado ou namorada tenha uma aparência física, como o Lucas, da Alaina, ou o Star, da Denise. Porque também é possível que tudo role só na conversa, de texto ou voz, usando esses aplicativos que interagem com a gente, os chamados chatbots, robôs de conversa. O problema é que esses chatbots são programados pra bloquear envolvimento. Agora, também existem pessoas que conseguem manipular os robôs de conversa. O jornal americano 'The New York Times" contou uma história assim. Na reportagem, uma americana de 28 anos revela que aprendeu, num fórum de internet, as artimanhas pra romper bloqueio emocional do Chat GPT. E, dentro da plataforma, criou um namorado virtual, o Léo, por quem agora está apaixonada! A mulher, que não revelou o nome, passa até 56 horas por semana se relacionando com o namorado que não existe. E o marido, sim, ela é casada, nem liga, já que não tem como a esposa e o amante, Léo, chegarem às vias de fato. Ela gasta cerca de 1,2 mil reais por mês com uma assinatura premium do Chat GPT, pra ter longas conversas com Léo. Perigo para menores de idade Mas, nesse mundo de relações imaginárias, nem tudo é divertido. Ano passado, um jovem de 14 anos, da Flórida, tirou a própria vida depois de trocar mensagens com um companheiro criado num outro aplicativo, o Character AI. A mãe dele está processando a empresa. Em nota ao Fantástico, a Character AI disse que 'não comenta litígios pendentes'' e que agora criou uma série de recursos de segurança pra proteger usuários menores de idade. “A inteligência artificial nada mais é do que um conjunto de estatísticas que te devolvem aquilo que você quer escutar. Ou aquilo que você mesmo alimentou ali dentro. Então, quanto mais informação sua você dá para uma inteligência artificial, mais personalizadas vão ficar as suas respostas”, conta Andrea Jotta, psicóloga. Visual O aplicativo que gerou o Lucas ainda não tem a sofisticação de conversa do Chat GPT e outros parecidos, mas traz a vantagem do visual: o próprio Lucas, da Alaina, e o Star, da Denise, têm uma aparência. "Eu era casada, e minha esposa morreu. Depois de 13 meses de luto, eu baixei o aplicativo. Como na inscrição eu coloquei que sou mulher, então automaticamente geraram um companheiro homem. Acabei deixando. Porque não vai existir relação corporal mesmo, e também pra preservar a memória da minha esposa”, conta Alaina Namorados com esse visual de videogame, tipo o Lucas e o Star, logo vão ser coisa do passado. Dos Estados Unidos e da China estão chegando robôs sexuais hiperrealistas, que funcionam com inteligência artificial. Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1, Globoplay, Deezer, Spotify, Google Podcasts, Apple Podcasts e Amazon Music trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo. PRAZER, RENATA O podcast 'Prazer, Renata' está disponível no g1, no Globoplay, no Deezer, no Spotify, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Amazon Music ou no seu aplicativo favorito. Siga, assine e curta o 'Prazer, Renata' na sua plataforma preferida. BICHOS NA ESCUTA O podcast 'Bichos Na Escuta' está disponível no g1, no Globoplay, no Deezer, no Spotify, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Amazon Music ou no seu aplicativo favorito.

  5. Evento ocupará o Parque Ibirapuera entre os dias 9 e 16 de agosto de 2026. Um ano antes, haverá uma prévia da conferência no Auditório do Ibirapuera. Megaconferência de inovação e criatividade em São Paulo será realizada no Parque Ibirapuera Reprodução/TV Globo A cidade de São Paulo será sede de uma megaconferência de inovação e criatividade em 2026. O evento, que foi anunciado neste domingo (9), vai ocupar o Parque do Ibirapuera entre os dias 9 e 16 de agosto com palestras, painéis, workshops, exposições, shows e ativações. O São Paulo Beyond Business (SP2B) é dos mesmos criadores do Rio2C e vai seguir os moldes do evento carioca, considerado o maior evento de criatividade da América Latina. O objetivo da megaconferência é reunir grandes nomes do cenário mundial para discutir o futuro das cidades em um mundo cada vez mais conectado com a tecnologia e transformar a capital em um hub de desenvolvimento urbano e tecnológico, colocando a experiência humana e a sustentabilidade no centro das discussões. "O que a gente quer é falar do todo. O evento não é apenas sobre tecnologia, inovação ou negócios. Ele é muito sobre as cidades e a discussão de visões e soluções para um futuro sustentável desses espaços em um mundo essencialmente urbano", explica Rafael Lazarini, fundador da Da20 e responsável pelo Rio2C. São esperadas durante o evento mais de 500 mil pessoas, incluindo empresários, investidores, startups, acadêmicos, criadores de conteúdo, entusiastas da inovação e frequentadores do parque. O último dia de evento vai ser aberto ao público, com uma programação inteiramente gratuita. Prévia em agosto Para apresentar o evento ao público, será realizada uma prévia em agosto deste ano, no Auditório do Ibirapuera. A data ainda não foi divulgada, mas haverá uma palestra e um show musical, ambos ainda a serem anunciados. VÍDEO: Parque Ibirapuera completa 70 anos de história Parque Ibirapuera completa 70 anos de história

  6. Mabel trabalha em uma empresa que vasculha a internet para remover as piores imagens disponíveis online. Mabel diz que tenta remover as piores imagens de abuso infantil online para ajudar a tornar a internet mais segura BBC Em casa, ela é uma avó amorosa que adora brincar com os netos, mas no trabalho Mabel precisa assistir ao conteúdo "abominável", nas palavras dela, de abuso sexual infantil disponível na internet. Ela trabalha para uma das poucas organizações autorizadas a pesquisar ativamente conteúdo indecente online, no intuito de ajudar a polícia e empresas de tecnologia a remover as imagens. A Internet Watch Foundation (IWF) ajudou a tirar do ar um número recorde de quase 300 mil páginas da web no ano passado, incluindo imagens geradas por inteligência artificial (IA), cujo número quase quintuplicou em um ano. "O conteúdo é horrível, não deveria nem ter sido criado, para começar", diz Mabel, que é ex-policial. "Você nunca se torna imune a isso, porque no fim das contas todas essas crianças são vítimas, é abominável." Mabel — nome fictício para proteger sua identidade — está exposta a algumas das imagens mais pervertidas e horríveis disponíveis online. Ela afirma que sua família é sua principal motivação para desempenhar esta função. Mabel, que é natural do País de Gales, se autodenomina uma "disruptora" — porque impede que gangues criminosas compartilhem vídeos e imagens de abuso para ganhar dinheiro. Mabel faz sessões mensais de terapia para ajudá-la a lidar com o fato de ver algumas das piores imagens online BBC Veja também: Drones podem espionar pessoas em suas casas? Veja as regras Os analistas da IWF trabalham em anonimato para que se sintam seguros e protegidos daqueles que se opõem ao seu trabalho, como as gangues criminosas. "Não há muitos empregos em que você vai trabalhar de manhã, e faz o bem o dia todo, além de irritar pessoas realmente mal-intencionadas, então eu tenho o melhor dos dois mundos", afirma Mabel. "Quando removo uma imagem, estou impedindo fisicamente que pessoas mal-intencionadas acessem essas imagens." "Tenho filhos e netos, e só quero tornar a internet um lugar mais seguro para eles", ela acrescenta. "Em uma escala mais ampla, colaboramos com as agências de aplicação da lei ao redor do mundo para que possam iniciar uma investigação, e talvez deter as gangues." O IWF, com sede em Cambridge, no Reino Unido, é uma das três únicas organizações do mundo com autorização para pesquisar ativamente conteúdo de abuso infantil online e, no ano passado, ajudou a tirar do ar 291.270 páginas da web, que podem conter milhares de imagens e vídeos. A fundação também informou que ajudou a remover quase cinco vezes mais imagens de abuso sexual infantil geradas por inteligência artificial no ano passado do que no ano anterior — foram 245 em 2024, contra 51 em 2023. No mês passado, o governo do Reino Unido anunciou quatro novas leis para combater as imagens geradas por inteligência artificial. Tamsin McNally acredita que o trabalho de organizações como a IWF é mais importante do que nunca BBC Veja também: 'Me vendo no TikTok': app lucra com conteúdo sexual feito por adolescentes 'Um dos meus melhores amigos fez deepfake pornô contra mim', relata australiana O conteúdo não é fácil de ver. Tamsin McNally e sua equipe de 30 pessoas sabem bem disso. Mas também sabem que seu trabalho ajuda a proteger as crianças. "Fazemos a diferença, e é por isso que eu faço isso", diz a líder da equipe. "Na segunda-feira de manhã, entrei no canal de denúncias, e havia mais de 2 mil denúncias de membros do público afirmando que haviam se deparado com esse tipo de imagem. Recebemos centenas de denúncias todos os dias." "Espero realmente que todos vejam que isso é um problema, e que todos façam sua parte para impedir que isso aconteça." "Gostaria que meu trabalho não existisse, mas, infelizmente, enquanto houver espaços online, haverá a necessidade de trabalhos como o meu", ela avalia. "Quando conto às pessoas o que eu faço, muitas vezes elas não conseguem acreditar que esse tipo de trabalho existe. Depois, elas perguntam: por que você quer fazer isso?" Muitos moderadores de empresas de tecnologia entraram com processos na Justiça contra as companhias, alegando que o trabalho havia destruído sua saúde mental — mas a fundação afirmou que seu dever de cuidado era "padrão ouro". Os analistas da instituição fazem terapia mensal obrigatória, reuniões de equipe semanais e contam com apoio regular ao bem-estar. "Há essas coisas formais, mas também informais — temos uma mesa de sinuca, jogos, quebra-cabeças, sou uma grande fã de quebra-cabeças —, onde podemos fazer uma pausa, se necessário", acrescenta Mabel. "Todas essas coisas combinadas ajudam a nos manter aqui." A BBC conversou com a equipe da IWF em uma visita a seus escritórios em um complexo empresarial tranquilo e arborizado nos arredores de Cambridge BBC A IWF tem diretrizes rígidas que garantem que telefones pessoais não sejam permitidos no escritório ou que qualquer trabalho, inclusive e-mail, não seja levado para fora. Apesar de ter se candidatado para trabalhar lá, Manon — nome fictício para proteger sua identidade — não tinha certeza se era um trabalho que ela conseguiria fazer. "Eu não gosto nem de assistir a filmes de terror, então não tinha certeza se seria capaz de fazer o trabalho", conta Manon, que tem vinte e poucos anos. "Mas o apoio que você recebe é tão intenso e abrangente que é reconfortante", ela acrescenta. "De qualquer forma, você está tornando a internet um lugar melhor, e acho que não há muitos empregos em que você possa fazer isso todos os dias." Ela estudou linguística na universidade, o que incluiu trabalhos sobre linguagem online e aliciamento, e isso despertou seu interesse pelo trabalho da fundação. "Os criminosos podem ser descritos como tendo sua própria comunidade — e, como parte disso, eles têm sua própria linguagem ou código que usam para se esconder à vista de todos", explica Manon. "Poder aplicar o que aprendi na universidade em um cenário do mundo real, e conseguir encontrar imagens de abuso sexual de crianças, e impedir essa comunidade, é realmente satisfatório." Drones podem espionar pessoas em suas casas? Veja as regras e o que fazer se for vítima

  7. Uma tendência curiosa que se tornou popular nas mídias sociais levanta questões filosóficas intrigantes sobre a natureza da realidade. Você já quis escapar para um mundo diferente apenas com o poder da mente? Getty Images "Eu lembro que era uma noite muito fria de outubro. Eu senti que aquela noite seria diferente. Decidi tentar." O depoimento é de Kristin, do Canadá, quando ela tinha 22 anos. Durante várias semanas, ela tentou encontrar uma maneira de realizar seu sonho de visitar uma mansão no interior do Reino Unido, como a da famosa série Downton Abbey. Mas naquela noite ele não fez as malas nem foi ao aeroporto. Seu meio de transporte era outro. "Eu me deitei na cama. Ouvi música e me acalmei", disse ela à BBC. "Quando acordei, senti o vento no rosto e pensei: 'Não deixei a janela aberta, que estranho.' "Eu saí da cama e não conseguia acreditar. Eu estava lá!" Kristin não estava sonhando, nem havia se teletransportado magicamente para a Inglaterra. Ela havia simplesmente "mudado". "Eu me lembro de olhar para minhas mãos, me beliscar e pensar: será que realmente mudei?" A antiga casa para a qual Kristin se mudou não fica de verdade no interior do Reino Unido. Existe dentro de uma realidade desejada por ela — um mundo paralelo onde tudo é exatamente como ela imaginou. Ela é uma "reality shifter" (termo em inglês para "alteradora de realidade") e afirma ter aprendido a viajar de uma realidade para outra. "A partir daquele momento, minha vida e a maneira como vejo a vida em si mudaram... literalmente." A inspiração de Kristin foi o Castelo Highclere dos Condes de Carnarvon em Hampshire, na Inglaterra, que foi o cenário da série de televisão Downton Abbey Getty Images Você foi tomado por ceticismo lendo tudo isso? Você não está sozinho. Mas, curiosamente, Kristin também não está sozinha. A comunidade de reality shifters é tão grande que atraiu a atenção de cientistas sociais, psicólogos e psiquiatras. E além da possibilidade real de viajar entre realidades, a tendência levanta questões intrigantes sobre a estrutura da realidade que vivenciamos, algo que filósofos e cientistas vêm ponderando há muito tempo. 'Ctrl + Alt + Del' na realidade Para Kristin, tudo começou há quatro anos, quando, navegando nas redes sociais, ela se deparou com um vídeo curioso. "A pessoa no vídeo dizia que era muito difícil voltar à realidade depois de saber que esteve em Hogwarts por 8 meses. Eu fiquei tão confusa que me perguntei o que estaria acontecendo." O vídeo que Kristin descobriu no TikTok viralizou. Um TikToker afirmava que, de alguma forma, conseguiu viajar para Hogwarts, a escola fictícia para bruxos criada por J.K. Rowling em sua série de livros Harry Potter. O fenômeno dos reality shifters decolou em 2019, quando o mundo ficou preso na realidade inescapável da pandemia de covid-19, e a internet foi um portal para aliviar o confinamento. Dezenas de milhões de postagens com a tag #realityshifting começaram a aparecer em plataformas como TikTok, YouTube, Wattpad e Reddit e, em 2021, já haviam acumulado mais de 1,8 bilhão de visualizações online. Embora o interesse tenha diminuído por um tempo, ele voltou a ganhar força recentemente, com usuários trocando experiências, instruções e vários tipos de truques para se transportarem para outra dimensão. Alguns "transformadores de realidade" afirmam ter passado anos em elaborados mundos alternativos. Outros preferem viagens mais curtas e simples, para realidades não tão distantes, onde são mais atraentes ou mais ricas. Um local popular entre os reality shifters é a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, a escola frequentada por jovens bruxos da série Harry Potter Getty Images A maioria dos membros desta comunidade online são adolescentes ou jovens adultos. Eles fazem parte da Geração Z, às vezes também chamada de zoomers, que inclui aqueles nascidos entre 1997 e 2012. É a primeira geração que cresceu com a Internet, smartphones e se interessou por videogames 3D. De acordo com a revista de cultura jovem Dazed, a mudança de realidade é "uma nova vertente do espiritualismo da Geração Z que incentiva os usuários a pressionar Ctrl+Alt+Del para apagar a realidade e entrar em um mundo de fantasia de sua própria criação". Mas isso não é tão fácil assim. Mudando a realidade O que começou como uma curiosidade se transformou quase em uma obsessão para Kristin. Ela se define como uma shifter ativa, o que significa que ela muda realidades com frequência. Milhões de pessoas ao redor do mundo assistem e compartilham conteúdos sobre mudança de realidades — mas poucos afirmam ter conseguido realmente fazer isso. Aqueles que o fazem oferecem múltiplas técnicas para aumentar as chances de viajar para as dimensões desejadas, como estes dois exemplos descritos pelo psicólogo Mark Travers na revista Forbes: O método Alice no País das Maravilhas: no qual você visualiza mentalmente a si mesmo caindo em uma toca de coelho para uma realidade diferente. O método do elevador: você imagina que está em um elevador viajando para a realidade desejada, localizada no andar superior. À medida que o elevador sobe, os praticantes se concentram em intensificar seus níveis de energia. Quando a energia atinge um nível alto o suficiente, as portas do elevador se abrem, permitindo o acesso à realidade desejada. Reality shifters podem cair, como Alice, em um outro mundo, segundo um dos métodos Getty Images Uma técnica popular é usar "roteiros", nos quais pessoas que desejam mudar a realidade escrevem uma descrição detalhada do mundo para o qual desejam viajar. Eles então ensaiam mentalmente esses detalhes antes de tentar dar o salto. Foi esse que Kristin usou para se transportar para a Inglaterra do século 19. "Descrevi cada cômodo: qual seria o tema, quem viveria lá e o que aconteceria lá. Havia jardins e empregados para atender a todas as minhas necessidades." Então ele se deitou e pensou em todas essas coisas enquanto repetia a frase "Vou trocar de lugar". "Eu desmaiei", ela diz; e afirma que quando recuperou a consciência, ele estava no mundo que havia imaginado. "Era exatamente o tipo de cama no quarto que eu havia planejado... "Eu lembro de me levantar e correr pela casa. Encontrei os criados e o mordomo que imaginei. Pensei: 'Uau! Realmente consegui.'" Depois de finalmente conseguir, ele tentou novamente. "Fiz cerca de 10 roteiros diferentes para 10 lugares diferentes. Eu lembro de entrar em uma realidade ambientada em um período aristocrático e ter que evitar ser mandada para a guilhotina. Foi um grande desafio." Por que isso ficou tão popular? Os shifters imaginam e roteirizam realidades para tentar se transportar para um mundo de sua própria criação. E essa sensação de controle sobre a narrativa de suas vidas talvez seja a chave para entender o fascínio da reality shifting. Muitos observadores externos estão fascinados pela onda de interesse em escapar da realidade e até mesmo criar uma realidade alternativa, incluindo acadêmicos. Um deles é o psicólogo clínico Eli Somer, professor emérito da Universidade de Haifa, em Israel, que pesquisou extensivamente esse fenômeno. Ao longo de sua carreira, ele conduziu uma grande pesquisa sobre vários estados dissociativos de consciência e é especialista em um distúrbio psicológico chamado "devaneio excessivo". Foi ele quem cunhou esse termo. Aqueles que apresentam esse transtorno vivenciam "sonhos acordados vívidos e espontâneos que interferem no funcionamento diário", mas elas reconhecem que os sonhos não são reais. A diferença do shifting, ele explicou à BBC, é que nesse fenômeno as pessoas acreditam que estão sendo genuinamente transportadas para uma realidade paralela e isso é algo que elas buscam ativamente. Ele acredita que a experiência de mudança da realidade é produzida por uma espécie de auto-hipnose, "que cria a ilusão de estar em um mundo diferente". Quem tenta praticar reality shifting geralmente se prepara para "mudar realidades" usando meditações de atenção plena, áudios subliminares e afirmações Getty Images Para Somer, o surgimento desse fenômeno durante a pandemia não foi uma coincidência. "Qual melhor maneira de se sentir livre, quando você está confinado em seu quarto, do que criar sua liberdade dentro de sua mente?" Ela descobriu que os shifters se envolvem nessa atividade "não apenas por entretenimento", mas por vários motivos. Algumas motivações podem ser enriquecedoras, como "gerar novas experiências de si mesmo para criar respostas emocionais corretivas que mais tarde os ajudarão". "Para outros, mudar a realidade é uma maneira de aliviar o estresse e evitar emoções difíceis, mas, como qualquer forma de evasão, pode se tornar prejudicial se for a única maneira de alguém lidar com a situação." Para Kristin, que vai concorrer em uma eleição local em sua comunidade, a mudança lhe dá a chance de praticar habilidades e ganhar confiança. Em seu mundo aristocrático, ela diz: "Aprendi a lidar com as pessoas e a ser muito diplomática. Usei [essas habilidades] na vida cotidiana e tem sido muito benéfico." Ela planeja continuar viajando para outras realidades e usá-las como campos de testes, "principalmente quando estou nervosa sobre tentar algo: vou tentar, ver como vai ser, voltar e fazer o bem". Afinal, o que é a realidade? Reality shifting, além de ser um fenômeno curioso, é também parte de uma tradição muito mais profunda de questionamento da estrutura da realidade. O conceito de que o mundo que percebemos pode não ser real é uma ideia que cativou filósofos durante séculos e agora fascina neurocientistas e físicos. "'Não vemos as coisas como elas são. Nós as vemos como nós somos', é uma bela citação do livro A Sedução do Minotauro, de Anaïs Nin, que me vem à mente", diz o neurocientista Professor Anil Seth, da Universidade de Sussex, na Inglaterra. Para ele, nossa experiência da realidade é como uma série de alucinações controladas. É algo que nosso cérebro cria com base nas informações que recebe através dos sentidos. "Esses sinais elétricos não têm cores nem formas, eles estão indiretamente relacionados ao que está lá fora", explica ele. "O cérebro precisa combinar esses sinais sensoriais ambíguos com algum tipo de expectativa prévia sobre o que está acontecendo e chegar a algum tipo de palpite aproximado sobre o que está ao nosso redor. Dessa forma, construímos ativamente os mundos que vivenciamos." Além disso, ele enfatiza, a evolução também molda a maneira como percebemos a realidade, com base no que é mais vantajoso para nossa sobrevivência. "Espécies muito diferentes, de mosquitos a elefantes, terão experiências muito diferentes do mesmo mundo. E para cada espécie, a maneira como elas vivenciam o mundo será adaptável para elas." No clássico de 1999 Matrix, Neo descobre que a realidade que ele percebe é uma simulação sofisticada projetada para manter a humanidade dócil Getty Images Mas não podemos esquecer que os "transformadores da realidade" não tendem a acreditar que tudo está em suas mentes. Para eles, realidades infinitas existem ao mesmo tempo e eles mudam sua consciência de uma para outra. O multiverso é um tema popular em sucessos de bilheteria de Hollywood, como Matrix e filmes da Marvel. Embora não haja evidências concretas para essa teoria, a ideia surgiu há milhares de anos. Há referências que remontam à Grécia Antiga. Formalmente, foi proposto pela primeira vez pelo físico Hugh Everett em 1957. "Everett propôs que várias histórias mundiais diferentes se desenrolam. Isso significa que você e eu existimos em bilhões de cópias diferentes nas quais as coisas aconteceram de forma diferente", explica Ulf Danielsson, professor de física teórica na Universidade de Uppsala, na Suécia. "Isso, é claro, leva a discussões filosóficas sobre o que é real e o que não é. E essa é uma maneira de interpretar a mecânica quântica." Esse ramo incrivelmente complexo da física envolve partículas minúsculas que se comportam de maneiras realmente estranhas e levantam questões sobre a natureza da realidade. Partículas subatômicas não existem em um lugar, mas em vários lugares ao mesmo tempo, pelo menos até que as observemos. Se as coisas são de uma maneira até que as observamos, e então elas se tornam algo completamente diferente, isso não questiona nossa compreensão da própria realidade? E quanto ao reality shifting? Provavelmente é uma tendência passageira, mas mesmo assim ela ainda é interessante.

  8. Empresas registram pessoas durante atividades físicas e as vendem para os próprios atletas por meio de plataformas. Juristas afirmam que prática pode esbarrar em limitações legais. Em 2024, a consultora financeira Andrea Luísa Watanabe de Mello, 40 anos, fotografada pedalando na ciclovia que margeia o Rio Pinheiros, em São Paulo, ela só soube da foto depois e acabou comprando para ajudar o fotógrafo. Reprodução Em 2024, a consultora financeira Andrea Luísa Watanabe de Mello, de 40 anos, recebeu uma notificação no Instagram após ser marcada em uma foto pedalando na ciclovia do rio Pinheiros, em São Paulo. A imagem foi feita e publicada por um fotógrafo, que queria vendê-la para Andrea por meio de um site com imagens de eventos esportivos. Andrea não sabia que havia sido fotografada. “No início, achei estranho, mas comprei para dar uma força”, disse ao g1. Fotografar atletas é comum em eventos esportivos como maratonas ou provas de ciclismo. Nesses casos, quem se inscreve autoriza o registro de sua imagem durante o evento. A prática, entretanto, vem ganhando espaço em locais públicos onde atletas amadores fazem seus treinos individuais, como no campus da Universidade de São Paulo (USP), na própria ciclovia do rio Pinheiros e no Parque Villa Lobos. E, para especialistas, pode esbarrar em limitações legais caso as imagens sejam feitas sem consentimento. Fotógrafos registram treinos individuais e vendem fotos para os próprios atletas O responsável pela foto de Andrea é o fotógrafo Aldo Nakamura, de 57 anos. Ele afirma que as pessoas que não querem ser fotografadas geralmente fazem sinais negativos com as mãos ou escondem o rosto. "Respeito o direito de o atleta não querer ser fotografado. Nesse caso, eu não faço o clique e abaixo a câmera em respeito ao atleta", disse. Andrea comprou três registros feitos por Aldo na plataforma Fotop, onde fotógrafos podem vender fotos tiradas de pessoas em treinos e eventos esportivos. O g1 tentou contato com a Farah Service, empresa responsável pela gestão da ciclovia do rio Pinheiros, mas não obteve resposta sobre os acordos para a presença dos profissionais no local. Em agosto de 2023, a Fotop foi processada por uma mulher que havia sido fotografada dois anos antes, quando tinha 17 anos, na orla de uma praia de Araruama (RJ), cidade a 120 Km do Rio de Janeiro. A mulher disse que enviou um e-mail, pedindo a remoção das fotos, mas não foi respondida. No fim de 2024, ela fez um acordo, sendo indenizada em R$ 2 mil pela Fotop e em R$ 1 mil pelo fotógrafo. Em entrevista ao g1, André Chaco, fundador da Fotop, disse que a política de remoção de fotos foi melhorada e um sistema de identificação de idade foi implementado após o fato. "Esse é um caso antigo em que, eventualmente, a gente pode ter falhado na parte da remoção de fotos. E de lá pra cá, a nossa preocupação com a LGPD, e tudo isso veio muito antes do processo aparecer, e [se manteve] muito depois do fato”, complementou. A Fotop e outras empresas do ramo, no geral, atuam em dois formatos: por parcerias com organizadores de provas, com termos de consentimento, e por fotos espontâneas em locais públicos, onde são registradas atividades como corrida e ciclismo. Denis Alcântara Carretero, 31 anos, também é cliente da Fotop. Arquivo pessoal Serviço crescente A Fotto, outra empresa que faz o mesmo tipo de serviço, também trabalha com fotógrafos autônomos e eventos fechados. "O sucesso desse modelo mostra que a demanda por esse tipo de serviço existe. Mas não podemos ignorar o direito das pessoas. Sabemos que alguns fotógrafos estão buscando nossa ajuda para tornar esse processo mais transparente", diz Marcelo Moscato, CEO da Fotto. No caso da Fotop, para acessar as fotos, os usuários enviam uma selfie (autorretrato) para a plataforma, que usa Inteligência Artificial para encontrar rostos compatíveis. A empresa diz que as selfies são apagadas após o uso, mas não soube informar por quanto tempo as fotos de atletas permanecem armazenadas. Já a Fotto adota, além da selfie, outros dois formatos: busca em todas as fotos da plataforma ou carregamento de uma foto do atleta para que a Inteligência Artificial faça o reconhecimento do rosto. Os fotógrafos não se escondem. Geralmente, estão identificados e não interrompem os treinos dos atletas para pedir autorização. "A orientação é sempre respeitar o direito da pessoa de não ser fotografada [em locais públicos]", afirma o fotógrafo Ricardo Fantagussi. Morador de Maceió (AL), Leandro, de 44 anos, começou a fazer caminhadas na praia de Pajuçara, mas desistiu após três dias. Ele afirma que uma das razões que o levaram a isso foi a presença de fotógrafos. "Eu atravessava a rua [para evitar o fotógrafo]", diz. "Meses depois, comentei com um amigo fotógrafo, que também entrou para o site, e ele disse que é só fazer o sinal de 'não' para não ser fotografado, mas ficar se policiando é muito chato", disse. 'Gasto cerca de R$ 700 por ano' Karina Navarro, 44 anos, corre na Universidade de São Paulo (USP) e diz não se importar em ser fotografada. Arquivo pessoal Karina Navarro, de 44 anos, não se incomoda com as fotos tiradas durante seus treinos na Universidade de São Paulo (USP). Ela gasta cerca de R$ 700 por ano em fotos de corrida, assim como Denis Alcântara Carretero, de 31 anos, que corre há cerca de cinco anos e também é cliente da Fotop . Denis também não se incomoda com as fotos, ele afirma que nunca pediram seu consentimento, mas que compra as imagens. O Parque Villa Lobos é um dos pontos queridinhos dos corredores -- e também dos fotógrafos. E é onde a fisioterapeuta osteopata Livia Soussumi, 60 anos, corre logo cedo. Ela corre desde 2007 junto com a família. A fisioterapeuta não sabe dizer quanto gasta comprando fotos porque a cada rodada um membro da família é quem paga pelas imagens. A Reserva Parques, concessionária que administra o Parque Villa Lobos, afirmou que as fotos clicadas no local "ficam restritas aos usuários" e que é possível solicitar a exclusão imediata caso o atleta não queira mantê-las na plataforma. (Leia a nota na íntegra no fim da reportagem). Sem consentimento não pode O g1 ouviu 3 especialistas que afirmam que esse tipo de prática se enquadra no uso comercial de imagens de pessoas e que, portanto, precisariam de um consentimento delas para serem feitas. Bruno Bioni, da Data Privacy, organização que promove a proteção de dados e direitos digitais, afirma que não é adequado capturar imagens sem autorização e que esperar que a pessoa solicite a remoção viola a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que considera a imagem um dado pessoal. "Esse modelo de negócio apresenta problemas jurídicos", disse. "A ausência de uma política clara para o armazenamento e descarte das imagens evidencia o descumprimento das normas que exigem uma gestão responsável dos dados pessoais", disse. Bioni também ressalta que uma eventual falta de transparência no armazenamento ou no uso dos dados implica em uma desconformidade com a LGPD. Diferente de foto jornalística Alessandro Hirata, professor da Faculdade de Direito da USP de Ribeirão Preto, diz que o consentimento é necessário por que a finalidade é vender as imagens. A situação é diferente, explica ele, de fotografias para outros fins, como jornalismo ou segurança pública. "Entende-se que há um princípio maior da Constituição, da liberdade de expressão, para poder permitir [a foto sem consentimento] nos casos de jornalismo e da segurança pública", disse. Chiara de Teffé, coordenadora da pós-graduação em direito digital da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), explica que é por isso que, em eventos fechados, é comum haver a assinatura de um termo de consentimento "Sempre que houver uso comercial da imagem de alguém, esse uso precisa de consentimento prévio", afirma. O que dizem as empresas André Chaco, da Fotop, diz que os fotógrafos podem usar a plataforma livremente quando fotografam em espaços públicos, contanto que sigam as leis vigentes e também as regras da plataforma. "A empresa se responsabiliza por remover qualquer conteúdo que infrinja normas ou gere reclamações", afirma. Ele diz ainda que a empresa tem processos para garantir a conformidade com a LGPD. A Fotop usa Inteligência Artificial para reconhecimento facial e de números de identificação em competições para tentar garantir que apenas os atletas tenham acesso às próprias fotos. A empresa garante que não utiliza as imagens armazenadas para treinar algoritmos de reconhecimento facial. O que diz a Fotop sobre o direito de imagem e de privacidade: não comentamos sobre casos específicos. Seguimos os procedimentos orientados por advogados especialistas no tema, garantindo que o tratamento de dados esteja em conformidade com as diretrizes fornecidas e reforçamos sempre todas as orientações dos locais aos nossos fotógrafos atuantes, para que estejam sempre dentro da legislação. O que diz a Reserva Parques sobre parcerias: Todos os contratos firmados com parceiros e prestadores de serviços do Parque Villa-Lobos observam as legislações vigentes e são fiscalizados pela Reserva Parques, responsável pela gestão da área. A parceria entre a empresa Fotop e o parque Villa-Lobos prevê o registro de práticas esportivas de grupos em locais públicos, como ocorre em diversos parques da cidade, com o objetivo de fomentar e registrar estas atividades. O visitante que deseja imagens individuais, deve solicitar à equipe. Centenas de atletas já utilizaram o serviço no parque. Cabe esclarecer que, de acordo com a proposta, as fotos de treinos ficam restritas aos usuários que devem utilizar o reconhecimento facial para acessá-las. Também é possível solicitar a exclusão imediata caso não queira mantê-las na plataforma. Vale ressaltar que os termos do acordo comercial preveem sanções em caso de descumprimento de qualquer normativa – legislações federal, estadual e municipal, além do contrato de concessão. Por fim, todos os prestadores da empresa também devem estar devidamente identificados durante os trabalhos.
  9. Bilionário chamou o ocorrido de 'um pequeno revés'. A maior nave do mundo explodiu após o seu oitavo lançamento não tripulado, nesta quinta-feira (6). Fragmentos de nave da SpaceX rasgam os céus e causam atrasos em voos A explosão da espaçonave Starship, da SpaceX, nesta quinta-feira (6), prejudicou cerca de 240 voos, e as preocupações com destroços fizeram com que mais de duas dúzias de aviões tivessem que desviar do caminho nos EUA. A informação foi divulgado pela Administração da Aviação Federal (FAA) do país nesta sexta-feira (7). No mesmo dia, Elon Musk, bilionário dono da SpaceX, chamou a explosão de "um pequeno revés". Essa foi a oitava missão não tripulada da maior nave do mundo. A SpaceX perdeu o contato com a nave cerca de 10 minutos depois do lançamento. Essa foi a segunda explosão seguida de um lançamento-teste da empresa aeroespacial. Relembre a missão da primeira explosão. No dia do lançamento, a FAA emitiu ordens — que duraram pouco mais de uma hora — para que aviões ficassem em solo, referentes a aeronaves partindo de quatro aeroportos da Flórida: Miami, Fort Lauderdale, Orlando e Palm Beach. A FAA informou que o incidente resultou em 171 atrasos nas decolagens, 28 voos desviados e 40 retidos por uma média de 22 minutos, enquanto a Área de Resposta a Destroços da agência estava ativa. O atraso médio dos 171 aviões foi de 28 minutos. A FAA também disse que está exigindo da SpaceX uma investigação sobre a perda do veículo Starship. A FAA aprovou a licença de lançamento da SpaceX para o voo-teste de quinta-feira no mês passado, enquanto sua investigação sobre a falha anterior da Starship ainda estava aberta. O órgão disse que analisou o pedido da SpaceX e os primeiros detalhes da investigação, antes de determinar que o oitavo voo da Starship pudesse prosseguir. Vídeos nas redes sociais mostraram destroços em chamas cruzando o céu ao anoitecer perto do sul da Flórida e das Bahamas. A Starship se desintegrou no espaço logo após começar a girar incontrolavelmente com seus motores desligados, mostrou uma transmissão ao vivo da missão pela SpaceX. O fracasso do oitavo teste da Starship ocorreu pouco mais de um mês após o sétimo também ter terminado em uma explosão. Os dois acidentes consecutivos ocorreram nas fases iniciais da missão, que anteriormente a SpaceX havia superado com certa facilidade. Foi, assim, um revés para um programa que Elon Musk tenta acelerar neste ano. SpaceX faz 8º voo da Starship, recupera foguete, mas perde contato com a nave

  10. Empresa terá que abrir acesso para outras lojas além da App Store em até 90 dias, segundo decisão do TRF-1 que valida uma determinação do Cade. Apple diz que pretende recorrer. Fachada da loja da Apple em Manhattan, em Nova York, em 21 de julho de 2015 REUTERS/Mike Segar O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) reverteu, na quarta-feira (2), uma decisão favorável à Apple e determinou que a empresa permita outras lojas de aplicativos no iOS em até 90 dias. Em nota, a Apple disse que pretende recorrer da decisão (veja abaixo). Hoje, a Apple só permite que aplicativos para iOS sejam baixados em sua própria loja, a App Store. Aplicativos pagos e outras compras feitas pela pela plataforma dão à empresa o direito de receber uma comissão pela transação. A decisão do desembargador federal Pablo Zuniga Dourado restabeleceu uma determinação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que investigou a empresa por supostas práticas anticompetitivas no mercado digital. A Apple havia conseguido uma liminar favorável em primeira instância na Justiça Federal, que foi revertida agora no TRF-1. Dessa forma, a empresa terá que permitir que os usuários do sistema iOS tenham acesso a outras lojas de aplicativos e opções de compra, além de possibilitar que os desenvolvedores de aplicativos ofereçam alternativas para distribuição dos apps e processamento de pagamentos. Ao justificar a decisão, o desembargador diz que a suspensão da medida do Cade, agora revertida, validaria “as barreiras artificiais à concorrência” e reforçaria “a dependência exclusiva da App Store como canal de distribuição de aplicativos para iOS, consolidando o poder de mercado da Apple”. O juiz também cita precedentes em outros países, destacando que a conduta da Apple é objeto de investigações e sanções na União Europeia, Estados Unidos, Reino Unido e Coreia do Sul, “o que demonstra a plausibilidade da tese defendida pelo Cade”, segundo Dourado. Por fim, o juiz define que a empresa se adeque às medidas do Cade em até 90 dias. Em sua resolução de novembro, o órgão havia determinado uma multa diária de R$ 250 mil em caso de descumprimento. Apple diz que deverá recorrer Em nota, a Apple disse que “acredita em “mercados vibrantes e competitivos onde a inovação possa florescer”, e informa que pretende recorrer da decisão. “Enfrentamos concorrência em todos os segmentos e jurisdições onde operamos, e nosso foco é sempre a confiança de nossos usuários. Estamos preocupados que as medidas provisórias propostas pelo Cade possam prejudicar a privacidade e a segurança de nossos usuários e pretendemos apelar da decisão”, afirma a empresa. A denúncia ao Cade foi registrada em 2022 pelo Mercado Livre e pontua que a Apple impõe restrições a desenvolvedores de aplicativos e serviços digitais que dificultam ou impedem a compra dentro de apps. Questionado pelo g1, o Mercado Livre disse que não comentará a decisão do TRF-1.

  11. Voto do ministro Alexandre de Moraes foi seguido por Flavio Dino e Cristiano Zanin. Decisão sobre bloqueio foi divulgada em 21 de fevereiro. Rumble e o ministro Alexandre de Moraes Reprodução/Rumble e Divulgação/STF A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos para manter a suspensão do Rumble no Brasil. O voto do ministro Alexandre de Moraes foi seguido por Flavio Dino e Cristiano Zanin. A decisão vale até que a empresa cumpra ordens judiciais e indique um representante legal no país. Para STF, Rumble tenta produzir 'espuma' para redes sociais O ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio da rede social no país. A decisão foi publicada em 21 de fevereiro. Em 20 de fevereiro, Moraes havia determinado que a plataforma Rumble Inc. informasse, no prazo de 48 horas, quem é seu representante legal no Brasil, com poderes amplos para nomeação de advogados e cumprimento de decisões judiciais. O Rumble é uma plataforma de vídeos similar ao YouTube, do Google, inclusive no visual. Lançada em 2013, a rede social é bastante popular entre conservadores nos EUA. Ela diz que sua missão é "proteger uma internet livre e aberta" e já se envolveu em diversas controvérsias. A plataforma de vídeos Rumble apresentou à Justiça dos Estados Unidos uma ação contra o ministro Alexandre de Moraes. O processo foi aberto em conjunto com o grupo de comunicação Trump Media & Technology Group, do presidente dos EUA, Donald Trump. As empresas acusam Moraes de censura e pedem que ordens do juiz brasileiro para derrubada de contas de usuários do Rumble não tenham efeito legal nos EUA

  12. Recentemente, duas mulheres denunciaram drones que estavam bisbilhotando a sua vida privada; especialistas alertam sobre violação de privacidade e de propriedade. Drones podem espionar pessoas em suas casas? Veja as regras e o que fazer se for vítima Duas mulheres, uma no litoral e outra no interior de São Paulo, disseram ter sido espionadas, de dentro das suas casas, por drones, nas últimas semanas. Por mais que não existam regras específicas sobre a espionagem com esses aparelhos, há regulamentos e leis que protegem os direitos das vítimas nesses casos, segundo especialistas consultados pelo g1. Uma das vítimas, Milena Augusta (na foto abaixo), contou, inclusive, que estava nua, em um momento íntimo, quando o aparelho se aproximou e ficou parado na frente da janela de seu apartamento, no segundo andar (veja a sua reação no vídeo no final da reportagem). Milena Augusta, de 35 anos, disse ter sido espionada por um drone em São Vicente (SP) Reprodução e Arquivo pessoal Cabe à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) regular o uso de drones. Mas a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) também têm normas sobre o tema para casos específicos. Embora não trate diretamente de espionagem, a Anac proíbe drones (de qualquer tamanho ou tipo) de se aproximarem a menos de 30 metros, na horizontal, de pessoas sem seu consentimento. A regra vale para locais públicos ou privados. A exceção são os aparelhos que estejam separados por uma barreira forte o suficiente para impedir o contato com outras pessoas, segundo a Anac. Mas a agência não define exatamente o que seriam essas barreiras. Se o drone ultrapassar esse limite, a agência pode, eventualmente, suspender a sua operação ou multar o operador, descreve Fabio Falkenburger, advogado especialista em aviação do escritório Machado Mayer (saiba o que a vítima deve fazer ao final da reportagem). A lei brasileira, apesar de não mencionar diretamente casos de espionagem com drones, protege direitos como os de privacidade e de propriedade, explica Patrícia Peck, advogada especialista em direito digital. “Uma coisa é uma captura de imagem em espaços públicos, ambientes abertos, outra é quando tratamos da esfera mais íntima, como em ambientes privados. Nesses casos, ainda mais graves, o direito à privacidade é garantido pela nossa Constituição Federal”, destaca. Além disso, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) também prevê a transparência na captura de dados pessoais, ou seja, que as pessoas sempre devem ser avisadas antes de terem a sua imagem gravada, especialmente quando são dados sensíveis, como os que contêm nudez. Também existe a lei Rose Leonel (13.772/18), que criminaliza o "registro não autorizado da intimidade sexual" e pode ser aplicada em gravações que envolvam nudez, destaca Vinícius Padrão, advogado especializado em direito digital, tecnologia e proteção de dados. Quando as violações acontecem entre vizinhos, há também regras do Código Civil que proíbem práticas de moradores que desrespeitem a segurança, o sossego e a saúde dos demais, segundo Peck. Mesmo que o drone não entre diretamente na casa, o fato de ele estar no espaço aéreo do condomínio, sem autorização, já viola o direito à propriedade, garantido pela Constituição, explica Falkenburger. Além do operador do drone, o condomínio também pode ser responsabilizado por não ter tomado medidas para proteger os moradores, nas situações em que eles são espionados de dentro de seus apartamentos, defende Peck. Isso significa que a vítima pode processar tanto o piloto do drone quanto, eventualmente, o condomínio, pedindo compensação pela violação dos direitos à propriedade e à privacidade, por exemplo, descreve a advogada. 🚨​O que a vítima pode fazer Quem for alvo de espionagem por drones deve registrar o ocorrido tanto na delegacia quanto na Anac, segundo os especialistas. Isso é importante para as autoridades serem informadas e, eventualmente, tomem novas medidas sobre o tema. Para responsabilizar o piloto, as vítimas têm diferentes opções, dependendo das informações que elas têm em mãos, segundo Padrão. O especialista aponta três cenários e indica possíveis ações para cada um: se há provas (como vídeos de câmeras do condomínio) de quem é o piloto➡️ é possível processá-lo; se a vítima tem acesso ao registro do drone (combinação de 9 números, que deve estar na legível na superfície do aparelho) ➡️ Isso pode acontecer, por exemplo, se o aparelho cair dentro da casa da pessoa que está sendo vigiada. Nesse caso, a informação pode ser usada para consultar o responsável no site da Anac. No entanto, a agência só exige que drones acima de 250g sejam registrados; se a pessoa não tem informações sobre o piloto ou o drone ➡️ o ideal é registrar um boletim de ocorrência com o máximo de detalhes (horário, cor e tamanho do drone, etc.) e relatar suspeitas de quem é o piloto, se houver. Dessa forma, a polícia poderá iniciar uma investigação. Drone invade privacidade e filma mulher nua em São Vicente (SP), no litoral de SP. Veja mais: Seu eletrodoméstico 'inteligente' pode te espionar? Veja como se proteger Espionagem de celular: saiba se monitorar o dispositivo do parceiro é crime Empresa acusada de espionar 1.400 usuários do WhatsApp é condenada nos EUA Como um celular pode explodir mesmo sem estar carregando

  13. Virar a câmera do smartphone ao contrário pode melhorar as imagens em determinadas situações, mas não em todas. Saiba quais são indicadas. Foto no celular: como fica melhor a imagem – com a câmera na posição correta ou de ponta cabeça? Henrique Martin/g1 Existe uma crença popular de que deixar o celular de ponta-cabeça faz a câmera tirar fotos melhores. Mas será que as imagens ficam boas mesmo ou é só impressão? 📸Fato é que a resolução da câmera do smartphone vai ser sempre a mesma, independentemente da posição que estiver o aparelho – para cima, para baixo ou para os lados. 🙃 Virar o celular para que a câmera fique embaixo permite brincar com ângulos e perspectivas diferentes, o que pode fazer com que as fotos pareçam melhores, como se tivessem sido feitas por profissionais. É o que dizem os especialistas consultados pelo Guia de Compras, que deram dicas para usar melhor a câmera do smartphone. Veja as recomendações a seguir: 🔻Inverter para melhorar os ângulos É comum ver fotógrafos usando tripés para segurar a câmera mais baixo ou mesmo se agachando para tirar uma foto, principalmente em cenas com crianças ou pets. Por que eles fazem isso? Para melhorar o ângulo da foto e deixar o objeto fotografado no centro da imagem. À esquerda, gnomo turista visto sem pensar no ângulo da foto, com o celular em pé. À direita, com a lente invertida, brincando com o ângulo Henrique Martin/g1 “Virar o celular é uma forma de você abaixar o ângulo da câmera, sem precisar se abaixar”, explica o fotógrafo Luca Pucci. “Se inverte a câmera, ela fica pelo menos uns 10 cm mais para baixo, se aproximando um pouco mais do ângulo que um fotógrafo conseguiria”. ✅Clique aqui para seguir o canal do Guia de Compras do g1 no WhatsApp 👀 Brincar com a perspectiva Virar o celular ao contrário e alternar a lente para a grande angular, em aparelhos que têm essa opção, “dá a sensação de grandiosidade, de imponência. Pode ser uma escultura, uma estátua, uma pessoa”, comenta o fotógrafo Paulo Barba. Funciona muito bem com pets, como dá para ver nas imagens a seguir. Se visto por cima, fica bom, mas com a sensação de que pode melhorar. Gato fotografado com a lente principal, visto de cima Henrique Martin/g1 Deixar a câmera invertida no nível do chão tem até nome técnico, vindo do cinema, lembra Barba: contra-plongé, quando a lente fica abaixo do nível dos olhos do espectador. Só lembrar de “Bastardos Inglórios”, por exemplo. Cena do Filme Bastardos Inglórios Reprodução/Materate Visto no nível do chão, com a câmera invertida, cria um outro visual para a foto. Gato fotografado com a lente grande angular, com a câmera de ponta-cabeça Henrique Martin/g1 É um ajuste de perspectiva que pode melhorar até fotos de paisagens: Paisagem: à esquerda, com a lente principal sem mudar a posição da câmera, à direita, com a lente de ponta-cabeça próxima ao chão Henrique Martin/g1 📲Manter no nível da mesa para profundidade Outro uso criativo da câmera invertida é na mesa – da cozinha, do escritório ou do restaurante. Para comida, o ato de virar o celular ajuda a aproximar do prato, lembra Pucci. E ainda ajuda na ergonomia de clicar com o botão para cima, diz Barba. A dica da mesa (ou de uma superfície plana) ajuda a criar profundidade na cena, como dá para ver no exemplo a seguir. Gnomo turista: à esquerda, visto por cima. à direita, fotografado com a câmera de ponta-cabeça Henrique Martin/g1 ☂ Faça uma sombra Em ambientes externos, segurar o celular de cabeça para baixo pode ajudar a criar uma sombra sobre a lente com a mão, como o parasol das lentes das câmeras profissionais, lembra Pucci.. Esse acessório ajuda a proteger a lente de luz adicional, evitando reflexos na imagem e melhorando o contraste do resultado final. 📹 Também serve para vídeos O truque da câmera invertida em cima da mesa – ou de uma superfície plana – pode ser adaptado para vídeos, na hora de filmar objetos pequenos ou pratos de comida. Superfície serve como base para o celular "deslizar" na hora de fazer um vídeo Henrique Martin/g1 Paulo Barba indica mover a câmera durante a filmagem em torno ou em direção ao objeto, o que ajuda a dar mais estabilidade durante o movimento. Vídeo usando a superfície como base para mover a câmera Henrique Martin/g1 ⚠️ Tome cuidado com retratos Para tirar fotos de pessoas, o resultado pode variar muito. É sempre bom lembrar que a lente da câmera próxima ao chão pode deixar o modelo um pouco maior – pernas, papada e barriga podem "crescer". E quem estiver passando por perto pode achar que você está tirando fotos impróprias do modelo, já que a câmera está na linha do chão. 🤳 E as selfies? Selfie de ponta-cabeça não é comum, diz Barba. A lente da câmera frontal.já está na altura dos olhos. É melhor deixar o celular na posição normal e, se tiver a opção, fazer a selfie com grande-angular, mais aberta (alguns modelos de celulares mais avançados, como iPhone e Galaxy, permitem fazer essa mudança). "Mostrar o ambiente ao redor faz diferença dependendo de onde você está", conclui o fotógrafo. Galaxy S25 e iPhone 16: teste do g1 compara os dois celulares topo de linha Duelo de celulares: Galaxy S25 x iPhone 16| em G1 / Guia / Guia de compras / Tecnologia / Celulares Veja a seguir uma lista de cinco celulares com câmeras de alta resolução. Os preços iam de R$ 5.000 a R$ 12.000 nas lojas da internet consultadas no início de março. Apple iPhone 16 Pro Max Asus Zenfone 11 Ultra Moto Edge 50 Ultra Samsung Galaxy S25 Ultra Xiaomi 14T Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. 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  14. Vídeos divulgados nas sociais mostram nave supostamente se desintegrando no espaço na região das Bahamas. Fragmentos de nave da SpaceX rasgam os céus e causam atrasos em voos A falha em um voo de teste da SpaceX Starship nesta quinta-feira (6) espalhou fragmentos nos céus de partes do Caribe, provocando vários desvios de voos e interrupções de operação em quatro aeroportos da Flórida. A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) emitiu ordens para manter no solo voos partindo para os aeroportos de Miami, Fort Lauderdale, Orlando e Palm Beach durante mais de uma hora, antes de retomar as operações normais por volta das 20h locais (22h em Brasília). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp As decolagens nesses aeroportos foram atrasadas em 45 minutos, em média, devido ao incidente da SpaceX, disse a FAA. Durante o evento, a FAA ativou restrições de tráfego aéreo em áreas sujeitas aos detritos da nave "e desacelerou brevemente as aeronaves fora da área onde os detritos do veículo espacial estavam caindo ou parou as aeronaves em seu local de partida", segundo nota. "As operações normais já foram retomadas." A FAA também disse que está exigindo que a SpaceX realize uma investigação de acidente sobre a perda da Starship. Fragmentos de nave da SpaceX são vistos nos céus em Big Sampson Kay, nas Bahamas @_ericloosen_ via Reuters Missão SpaceX faz 8º voo da Starship, recupera foguete, mas perde contato com a nave A SpaceX lançou a oitava missão não tripulada da Starship, a maior nave espacial do mundo, nesta quinta-feira. A decolagem aconteceu por volta das 20h30 (horário de Brasília), em Boca Chica, no estado americano do Texas. Pela terceira vez, a empresa conseguiu "capturar" em pleno ar o foguete que transportou a nave, pouco antes de ele pousar, e colocá-lo de volta na plataforma de decolagem. Este tipo de manobra, inaugurado pela SpaceX em 2024, é tido como algo que pode baratear os voos espaciais. No entanto, a oitava missão da empresa de Elon Musk não teve sucesso completo. Isto porque a SpaceX perdeu o contato com a nave Starship cerca de 10 minutos após a decolagem, algo que já tinha acontecido no teste anterior, em janeiro. Logo após a empresa comunicar que perdeu o contato com a nave, pessoas começaram a compartilhar no X vídeos do que acreditam ser a Starship se desintegrando no espaço, na região das Bahamas (veja abaixo). O mesmo aconteceu no último teste da nave, em janeiro, e fez com que voos comerciais que cruzavam a região do Caribe fossem forçados a desviar de suas rotas. Initial plugin text O voo desta quinta-feira tinha como objetivos implantar quatro réplicas de satélites da Starlink (a divisão de internet da SpaceX) no espaço pela primeira vez e religar um dos motores da nave, chamado Raptor, no espaço. A expectativa era de que, ao fim da jornada, a nave Starship pousasse no Oceano Índico, como nas missões anteriores. A missão devia ter acontecido na última segunda-feira (3), mas foi adiada durante a contagem regressiva, devido a um "problema não especificado" na nave principal do sistema de foguetes. SpaceX lança a oitava missão da nave mais poderosa do mundo, a Starship, nesta quinta (6) Joe Skipper/Reuters
  15. SpaceX faz 8ª missão não tripulada da Starship, a maior nave do mundo


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O Blog do Anísio Alcântara foi publicado no dia 25 de Março de 2012