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Redes sociais e sistemas de celular têm recursos para responsáveis monitorarem atividade de crianças e adolescentes e bloquearem acesso a certos sites e aplicativos. Saiba como ativar proteção para controlar tempo e atividade de crianças no celular
A morte de uma menina de 8 anos após inalar desodorante aerossol por conta de um desafio de rede social voltou a chamar a atenção para a importância de monitorar o que menores de idade acessam na internet.
O óbito de Sarah Raissa Pereira de Castro foi confirmado no domingo (13). Ela tinha sido hospitalizada na quinta-feira (10), após ser encontrada desacordada pelo avô ao lado de um celular, um frasco de desodorante e uma almofada encharcada pelo produto.
Este não foi o primeiro caso do tipo: em março, a menina Brenda Sophia Melo de Santana, de 11 anos, morreu pelo mesmo motivo.
As principais redes sociais dizem que só permitem usuários com mais de 13 anos de idade, mas são facilmente usadas por que está abaixo dessa faixa etária. Ainda assim, elas oferecem ferramentas de supervisão para pais.
Também é possível monitorar a atividade de crianças e adolescentes por meio de recursos do sistema operacional. O Google e a Apple permitem definir limites de tempo de uso e bloquear acesso a certos sites e aplicativos no Android e no iPhone, respectivamente.
Veja abaixo como proteger crianças e adolescentes nas seguintes plataformas:
Instagram
TikTok
Android
iPhone/iPad
Como ativar proteção no Instagram
O Instagram tem a "Central da Família", em que responsáveis podem verificar o definir limites de tempo de uso da rede social, além de saber quem eles seguem e por quem são seguidos. Veja como usar o recurso:
clique em sua foto de perfil na parte inferior;
selecione o menu (☰);
clique em "Central da Família";
toque em "Começar";
envie um convite para seu filho.
Central da Família no Instagram
Divulgação/Instagram
Como ativar proteção no TikTok
O TikTok permite que pais saibam quem seus filhos estão seguindo e por quem eles são seguidos, por meio da seção "Sincronização Familiar", disponível nas configurações. Também é possível ocultar vídeos por palavras-chave e definir o tempo de uso, por exemplo. Veja como ativar:
toque em "Perfil" na parte inferior;
selecione o menu (☰);
clique em "Configurações e privacidade";
selecione "Sincronização Familiar" e clique em "Continuar";
indique se esse é o celular de "Pai/mãe" ou do "Adolescente" e confirme em "Avançar";
faça o mesmo caminho no outro celular, escaneie o código da plataforma e clique em "Vincular contas".
Sincronização Familiar do TikTok
Reprodução
Como ativar proteção no Android
O Google tem o aplicativo Family Link, disponível na Play Store. Com ele, é possível definir limites de tempo de uso e bloquear acesso a outros sites e aplicativos em dispositivos Android. Veja como usar a ferramenta:
no celular da criança, vá até "Configurações" e clique em "Bem-estar digital e controles parentais" (o termo pode variar de acordo com a marca do dispositivo);
selecione "Controles parentais";
escolha a conta usada pela criança e clique em "Supervisionar conta" (se outras contas estiverem logadas no mesmo aparelho, será preciso clicar em "Sair e continuar" para se desconectar delas);
clique em "Próxima" para confirmar a decisão;
insira o e-mail e a senha da conta do Google do responsável;
confirme a senha da conta da criança;
clique em "Próximo" e, então, em "Permitir" para autorizar que o celular do responsável seja administrador do aparelho da criança;
reveja as configurações, clique em "Avançar" e confirme em "Concluído".
Recursos de controle de pais no Android
Reprodução
iPhone/iPad
A Apple tem recursos nativos em seus sistemas operacionais para limitar o que crianças podem fazer em seus celulares e tablets. Veja como ajustar essas configurações:
no celular ou no tablet da criança, vá até "Ajustes";
clique em "Tempo de uso";
selecione "Conteúdo e privacidade";
escolha a opção "App Store, Mídia, Web e Jogos";
faça os ajustes para, por exemplo, limitar sites adultos e definir músicas, filmes e aplicativos permitidos com base na classificação indicativa.
Se você também tiver iPhone ou iPad, é possível usar seu próprio aparelho para monitorar a atividade da criança em outro dispositivo da Apple. Para isso, é preciso acessar "Ajustes" em seu celular ou tablet, tocar em seu nome, clicar em "Família" e criar um perfil para ela.
Depois, basta selecionar o novo perfil para seguir um passo a passo que permite configurar que tipo de site e aplicativo a criança poderá acessar, além de monitorar o tempo de uso e restringir compras de aplicativos, por exemplo.
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Reprodução
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Fundador da Meta depõe pelo 3º dia consecutivo em defesa da empresa, acusada de ter comprado os aplicativos para acabar com a concorrência. Mark Zuckerberg, CEO da Meta
AP Photo/David Zalubowski
O Instagram teria "muitas dificuldades" para crescer sem o Facebook, e o WhatsApp "não tinha ambição suficiente", afirmou, nesta quarta-feira (16), Mark Zuckerberg, em um tribunal de Washington (EUA) para defender as decisões do grupo Meta de adquirir esses dois aplicativos.
Zuckerberg compareceu pelo terceiro dia consecutivo perante um tribunal em um caso no qual os Estados Unidos acusam a Meta de ter comprado Instagram e WhatsApp há mais de dez anos para evitar a concorrência contra Facebook e Messenger.
Se o juiz do tribunal federal decidir a favor da agência de defesa do consumidor, a FTC, a empresa pode ser obrigada a se desfazer das duas plataformas.
ENTENDA: Por que Zuckerberg pode ser obrigado a vender Instagram e WhatsApp
Mark Zuckerberg garante que esses dois serviços não teriam atingido tanto sucesso entre os usuários sem os investimentos de sua companhia.
"É muito difícil chegar a este tamanho. Temos que inovar e resolver muitos problemas técnicos, organizacionais e jurídicos", argumentou ele sobre o Instagram, que conta com 2 bilhões de usuários em todo o mundo.
Isso teria sido impossível sem a empresa californiana? "Impossível: certamente que não. Mas provável? Na realidade, não", respondeu.
Quanto ao aplicativo de mensagens WhatsApp, era "tecnicamente impressionante", segundo o bilionário, mas seus fundadores "careciam de ambição".
Criar ou comprar
O julgamento começou na segunda-feira (14), cinco anos depois da denúncia apresentada durante o primeiro mandato do presidente Donald Trump, e espera-se que dure oito semanas.
Para a FTC, a Meta (então Facebook) adquiriu o Instagram em 2012 por 1 bilhão de dólares (R$ 5,8 bilhões, na cotação atual) e o WhatsApp em 2014 por 19 bilhões de dólares (R$ 111 bilhões, na cotação atual) com o objetivo de "eliminar as ameaças imediatas".
Mark Zuckerberg, entretanto, voltou a rebater essa interpretação.
"Estávamos interessados na perícia [do Instagram] em fotografia e no intercâmbio de imagens, mas não víamos o aplicativo como uma rede real que competisse com o que estávamos fazendo naquele momento", assegurou.
O Facebook trabalhava em sua própria ferramenta de fotografia à época, e suas equipes avaliaram os prós e contras entre um desenvolvimento interno ou a aquisição.
"A intenção nunca foi deixar de oferecer o Instagram a seus usuários ou torná-lo pior", disse.
Além de defender os interesses dos consumidores, o julgamento se desenvolverá sobre a definição do mercado.
A FTC diz que os serviços de Meta são parte das "redes sociais pessoais", que permitem às pessoas manter contato com familiares e amigos, e que a experiência piorou para os usuários, que são obrigados a tolerar muitos anúncios, por exemplo.
'Melhores que nós'
A companhia do Vale do Silício garante enfrentar uma concorrência feroz de outras plataformas populares importantes.
Diante da ascensão meteórica do TikTok, "vimos que nosso crescimento desacelerou drasticamente", detalhou Zuckerberg nesta quarta-feira (16).
Seu grupo respondeu com o "Reels", vídeos curtos com o mesmo formato que deu ao aplicativo chinês seu tremendo sucesso.
"Mas o TikTok continua sendo maior que Facebook ou Instagram, e não me agrada que nossos competidores estejam melhores que nós", acrescentou.
O YouTube é o outro grande rival da Meta em termos de usuários, mas também na atração de criadores de conteúdo, que se tornaram imprescindíveis para todas as redes sociais, segundo o executivo.
"Especialmente nos últimos 10 anos, o vídeo se tornou o principal meio para expressar e consumir conteúdo on-line", argumentou.
"O YouTube tem um sistema muito bem desenhado para os criadores, é um competidor importante para nós", concluiu.
Mark Zuckerberg fez de tudo para ganhar a simpatia do presidente Donald Trump e tentar resolver o caso fora dos tribunais, mas a FTC, inclusive sob a presidência republicana, parece decidida a continuar com uma das ações antimonopólio mais importantes dos últimos anos no setor tecnológico.
O Google foi declarado culpado de abusar de sua posição dominante no mercado de buscas on-line em agosto do ano passado. Apple e Amazon também enfrentam processos.
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Mudança será aplicada para todos os centros educacionais do mundo até o final de abril, segundo big tech. Google Maps
AP Photo/Patrick Sison
As avaliações e classificações dadas às escolas do mundo inteiro, pelos usuários do aplicativo Google Maps, serão desativadas no final de abril, anunciou a empresa nesta quarta-feira (16).
"Esta decisão se deve à presença recorrente de contribuições intempestivas, prejudiciais e contrárias às nossas políticas", disse um porta-voz da empresa, contatado pela AFP.
Comentários como "escola horrível", "péssimo" ou até mesmo "professores horríveis", formam parte das opiniões que podem ser encontradas nas páginas de algumas escolas em cidades como Paris (França).
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A gigante da tecnologia destaca que essa medida será aplicada a todos os centros educacionais do mundo e será implementada até o final de abril.
O processo deve levar várias semanas.
As avaliações e classificações já existentes também serão excluídas.
O aplicativo Maps do Google permite que os usuários classifiquem os lugares que visitam em uma escala de 1 a 5 e deixem todos os tipos de comentários.
Essa prática é comum em hotéis e restaurantes e, até agora, também em escolas de ensino fundamental e médio.
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Falha começou por volta das 10h no Brasil e também afetou países como Estados Unidos, Espanha, França, Argentina e África do Sul. Logo do Spotify
REUTERS/Brendan McDermid/File Photo
O Spotify apresentou instabilidade na manhã desta quarta-feira (16). Por volta das 10h30, mais de 4 mil queixas foram registradas no Brasil pelo site Downdetector, que monitora falhas em serviços on-line (veja na imagem abaixo).
As reclamações começaram a cair por volta das 11h06. "Estamos cientes da interrupção e trabalhando para resolvê-la o mais rápido possível. Os relatos de que se trata de uma invasão de segurança são falsos", disse o Spotify sobre o problema.
"Por que o Spotify não carrega as músicas?", questionou um usuário no X. "Não carrega álbum de cantor nenhum", reclamou outra pessoa na mesma rede.
De acordo com dados do Downdetector, a instabilidade no Brasil começou por volta das 10h, quando já haviam sido registradas mais de 600 notificações.
Registro de reclamações no Downdetector sobre o Spotify no Brasil
Reprodução/Downdetector
O Downdetector também indicou que o serviço apresentou falhas em outros países, como Argentina, Canadá, Espanha, França, Índia, África do Sul e Estados Unidos, o que sugere se tratar de um problema global.
A instabilidade chegou a ficar entre os assuntos mais comentados no X na manhã desta quarta, com relatos de usuários brasileiros e de outros países.
Página do Spotify no navegador não carrega
Reprodução/Spotify
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Na segunda (14), a fabricante de chips disse que estava planejando construir servidores de IA avaliados em até US$ 500 bilhões nos EUA, em sintonia com o impulso do governo Trump para a fabricação local. Nvidia e Trump
g1
As ações da Nvidia caíram 6,87% nesta quarta-feira (16), impactadas pela decisão do governo dos Estados Unidos de limitar as exportações de um chip de inteligência artificial da empresa para a China.
O índice Nasdaq, o principal da bolsa de valores americana que reúne empresas de tecnologia, recuou 3,07%.
As bolsas asiáticas e europeias fecharam em baixa. Mais cedo, a ASML, grande fornecedora holandesa de equipamentos para fabricação de chips, alertou que as tarifas dos EUA estavam aumentando a incerteza em torno de suas perspectivas para 2025 e 2026.
O anúncio das novas restrições veio no fim da noite desta terça-feira (15). O Departamento de Comércio dos EUA informou que estava emitindo novos requisitos de licenciamento de exportação aos chips H20 da Nvidia e ao processador MI308 da fabricante Advanced Micro Devices (AMD), bem como seus equivalentes, para a China.
"O Departamento de Comércio está comprometido em agir de acordo com a diretriz do presidente para proteger nossa segurança nacional e econômica", disse um porta-voz do Comércio.
A Nvidia, que atualmente é a terceira empresa mais valiosa dos EUA, afirmou que enfrentará um prejuízo de US$ 5,5 bilhões por causa das restrições, enquanto a AMD estima uma perda de US$ 800 milhões.
"Esta divulgação é um sinal claro de que a Nvidia agora tem enormes restrições e obstáculos para vender para a China", disse Daniel Ives, analista da Wedbush Securities, à Reuters.
Os chips de IA da Nvidia têm sido um foco importante dos controles de exportação dos EUA, já que as autoridades americanas têm se mobilizado para impedir que os chips mais avançados sejam vendidos para a China, enquanto os EUA tentam se manter à frente na corrida da IA.
Na segunda-feira (14), a Nvidia anunciou que estava planejando construir servidores de IA avaliados em até US$ 500 bilhões nos EUA nos próximos quatro anos, em sintonia com o impulso do presidente americano Donald Trump para a fabricação local.
Trump isentou, por enquanto, semicondutores e alguns outros produtos eletrônicos de suas tarifas, mas alertou que taxas específicas para cada setor serão anunciadas nas próximas semanas.
Essas tarifas podem custar aos fabricantes de equipamentos semicondutores dos EUA mais de US$ 1 bilhão por ano, informou a Reuters.
EUA x China
As novas restrições à exportação de chips dos EUA para a China ocorrem em meio à guerra tarifária entre os dois países nos últimos meses.
Na terça (15), a China ordenou que suas companhias aéreas não recebam mais entregas de jatos da empresa americana Boeing, em resposta ao tarifaço de Trump.
Pequim pediu ainda que as transportadoras chinesas suspendam as compras de equipamentos e peças de aeronaves de empresas americanas, o que deve aumentar os custos de manutenção dos jatos que voam no país.
Mais tarde, um comunicado no site oficial da Casa Branca informou que a China agora encararia tarifas de até 245% sobre produtos específicos, como resultado de suas "ações retaliatórias".
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*Com informações da agência de notícias Reuters.
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Supostos dados do fórum 4chan, que permite publicar conteúdo ofensivo sob anonimato, foram compartilhados em site rival. Eles foram usadas para revelar fotos e informações pessoais dos donos de contas da plataforma atacada. Fórum 4chan não revela nomes de usuários, o que atrai quem deseja publicar conteúdo ofensivo
Reprodução
O fórum 4chan, conhecido por permitir que usuários anônimos publiquem conteúdo ofensivo, sofreu um ataque virtual e um vazamento de dados na segunda-feira (14), conforme indicam publicações em outras redes sociais.
Durante o ataque, a plataforma mostrou o aviso "Vocês foram hackeados", segundo relatos citados pela revista Wired.
Detalhes do suposto ataque foram compartilhados na rede rival Soyjak.party, incluindo uma lista que incluiria nomes de usuário e e-mails de administradores e moderadores do 4chan.
A partir dessas informações, usuários do Soyjak.party publicaram fotos e informações pessoais dos donos das contas.
Também circularam no fórum rival supostos prints de sistemas internos do 4chan. As telas mostram o suposto painel do banco de dados do 4chan com a lista de posts excluídos e os endereços de IP pelo qual eles foram publicados.
O IP (sigla em inglês para "protocolo de internet") é o número atribuído a cada aparelho conectado a uma rede e pode ser usado para tentar identificar o usuário, o que também poderia ser um material usado em investigações.
Ainda de acordo com relatos citados pela Wired, o ataque teria acontecido porque o 4chan roda a partir de um sistema antigo e sem correções de segurança.
Não foi possível confirmar o incidente, mas o caso tem sido levado a sério por especialistas. À Reuters, o cofundador da empresa de cibersegurança Hudson Rock, Alon Gal, disse que a alegação "parece legítima".
O 4chan foi criado em 2003 por Christopher Poole, conhecido no fórum pelo nome de usuário "moot", e serve desde então como espaço de discussão de uma série de grupos na internet. Poole anunciou sua saída como administrador do site em 2015.
O fórum foi usado pelos ciberativistas Anonymous, mas também por usuários misóginos extremistas conhecidos como "incels". Mais recentemente, o site também ficou conhecido por ser usado por hospedar pornografia não consensual gerada por inteligência artificial.
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Chefão da Meta depôs pelo segundo dia em julgamento que questiona a compra da rede social e do WhatsApp pela empresa que já era dona do Facebook. Mark Zuckerberg deixa a corte em Washington depois depor no julgamento da Meta na Comissão Federal de Comércio (FTC)
Nathan Howard/Reuters
Mark Zuckerberg considerou tornar Instagram uma empresa separada em 2018, em antecipação a uma possível acusação de monopólio. É o que diz um documento mostrado no segundo dia de um julgamento motivado justamente por isso.
Nele, a Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) busca desfazer a compra do Instagram e do WhatsApp pela Meta, que já era dona do Facebook, por entender que se trata de um monopólio de plataformas usadas para compartilhar conteúdo com amigos e familiares.
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O caso, aberto ainda durante o primeiro mandato do presidente Donald Trump, é visto como um teste para as promessas do novo governo de enfrentar as grandes empresas de tecnologia.
"Eu me pergunto se deveríamos considerar a medida extrema de transformar o Instagram em uma empresa separada", disse o presidente-executivo da Meta em um memorando onde discutia possíveis estratégias sobre como reorganizar a família de aplicativos da empresa.
"À medida que crescem os pedidos para desmembrar as grandes empresas de tecnologia, há uma chance nada trivial de que sejamos forçados a desmembrar o Instagram e talvez o Whatsapp nos próximos 5 a 10 anos", escreveu ele.
Botões de semáforo para pedestres são hackeados e reproduzem vozes de Musk e Zuckerberg
Comprou o Instagram porque era 'melhor'
Em seu segundo dia de depoimento, Zuckerberg disse que a Meta comprou o Instagram (em 2012) porque ele tinha uma câmera "melhor" do que aquela que sua empresa estava tentando construir sob sua marca principal, o Facebook, na época.
"Estávamos fazendo uma análise de construção versus compra" durante o processo de criação de um aplicativo de câmera, disse Zuckerberg. "Achei que o Instagram era melhor nisso, por isso achei que seria melhor comprá-lo."
Zuckerberg também reconheceu que muitas das tentativas da empresa de criar seus próprios aplicativos falharam.
O reconhecimento pareceu reforçar as alegações das autoridades antitruste dos EUA de que a Meta havia usado uma estratégia de "comprar ou enterrar" para abocanhar rivais em potencial, manter concorrentes menores à distância e manter um monopólio ilegal.
"Criar um novo aplicativo é difícil", disse Zuckerberg ao tribunal. "Provavelmente, tentamos criar dezenas de aplicativos ao longo da história da empresa e a maioria deles não deu certo."
O que diz a Meta em sua defesa
O depoimento de Zuckerberg acontece anos após a divulgação de declarações delicadas retiradas de documentos do próprio Facebook, como um email de 2008 no qual ele disse que "é melhor comprar do que competir".
Mas a empresa argumenta que suas intenções passadas são irrelevantes porque a FTC definiu o mercado de mídia social de forma imprecisa e não levou em conta a forte concorrência que a Meta tem enfrentado do TikTok, do YouTube e do aplicativo de mensagens da Apple.
A FTC acusa a Meta de deter o monopólio das plataformas usadas para compartilhar conteúdo com amigos e familiares, considerando que seus principais concorrentes nos EUA são o Snapchat e o MeWe, um pequeno aplicativo de mídia social voltado para a privacidade lançado em 2016.
As plataformas em que os usuários transmitem conteúdo para estranhos, com base em interesses compartilhados, como X, TikTok, YouTube e Reddit, não foram consideradas pela FTC.
Zuckerberg também contestou a alegação da comissão de que a Meta consegue mostrar mais anúncios aos usuários porque não tem concorrentes, outro pilar fundamental do caso.
Embora os processos antitruste normalmente se baseiem na capacidade de um monopolista de aumentar os preços para os clientes, a FTC destacou a capacidade da Meta de diminuir a qualidade dos aplicativos que os usuários acessam gratuitamente, por exemplo, aumentando o número de anúncios.
Zuckerberg rejeitou a ideia de que mais anúncios equivalem a uma pior experiência do usuário, dizendo que os anúncios nos aplicativos do Meta melhoraram e que seu sistema foi projetado para "mostrar mais conteúdo publicitário para pessoas que gostam de ver conteúdo publicitário".
A Meta chegou a cogitar a introdução de um feed só com anúncios, sugeriu Zuckerberg ao ser questionado pelo advogado da FTC, Daniel Matheson. "Acho que já discutimos isso em diferentes momentos, mas não fizemos isso", disse o executivo.
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Ao menos 12 cruzamentos em Palo Alto foram afetados; hackers usaram falas satíricas para imitar os bilionários da tecnologia. Botões de semáforo para pedestres são hackeados e reproduzem vozes de Musk e Zuckerberg
Botões de semáforos para pedestres foram hackeados em algumas regiões da Califórnia (EUA) e, em vez de emitirem mensagens para orientar a população na travessia, passaram a reproduzir áudios com falas de Mark Zuckerberg e Elon Musk.
Vídeos que circulam na internet mostram os equipamentos emitindo mensagens como "Olá, aqui é Elon Musk. Bem-vindo a Palo Alto, a casa da engenharia da Tesla", com a voz do bilionário, que também é dono da rede social X e da SpaceX.
"Você sabe, eles dizem que o dinheiro não pode comprar felicidade e, sim, tudo bem. Eu acho que é verdade. Deus sabe que eu tentei. Mas ele pode comprar um Cybertruck, e isso é muito doentio, certo?", disse a mensagem.
"Olá, aqui é Mark Zuckerberg, mas os verdadeiros me chamam de Zuck. Você sabe, é normal se sentir desconfortável ou mesmo violado enquanto inserimos IA à força em todas as facetas de sua experiência consciente", soou em outro equipamento, com a voz do dono do Instagram e do Facebook.
Botões de semáforo para pedestres são hackeados e reproduzem vozes de Musk e Zuckerberg na Califórnia
Reprodução/X
Segundo o canal norte-americano NBC, autoridades de Redwood City, uma das cidades afetadas, disseram que receberam informações sobre a ação hacker no último sábado.
"A equipe estava trabalhando ativamente para investigar e resolver o problema o mais rápido possível", disse uma autoridade.
Segundo Meghan Horrigan-Taylor, diretora de comunicações da cidade de Palo Alto, ao menos 12 cruzamentos no centro da cidade estavam "com defeito", ainda segundo informações da NBC.
Além de Redwood City e Palo Alto, Menlo Park foi outra cidade da Califórnia afetada com as vozes dos bilionários da tecnologia.
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Veo 2 consegue gerar vídeos curtos em alta definição a partir de descrições em texto. Google libera nova IA que gera vídeos a partir de textos
O Google começou a liberar nesta terça-feira (15) uma nova versão do seu modelo de inteligência artificial capaz de gerar vídeos a partir de comandos em texto.
Batizado de Veo 2, ele está disponível no plano pago Gemini Advanced e no aplicativo experimental Whisk para quem assina o plano IA Premium do Google One.
O novo modelo consegue gerar vídeos de oito segundos em alta definição, com um limite mensal para criações.
Para isso, é preciso selecionar o Veo 2 no menu de modelos de IA do Gemini e enviar o comando de texto. É possível descrever a cena e incluir gênero, tipo de lente de câmera que seria usado para a gravação e outros efeitos de vídeo.
Vídeo criado com a inteligência artificial Veo 2, do Google
Divulgação/Google
Ele funciona como o Sora, IA geradora de vídeos da OpenAI, criadora do robô ChatGPT.
O Google diz que o Veo 2 entende melhor a física do mundo real e, por isso, consegue gerar cenas realistas e detalhes mais refinados.
A empresa diz que os resultados são determinados pelos comandos dos usuários e que pode haver casos em que o eles sejam considerados questionáveis.
"Tomamos medidas importantes para tornar a geração de vídeos uma experiência segura. Isso inclui um amplo processo de red teaming [voltado para identificar brechas em sistemas] e avaliações com o objetivo de impedir a geração de conteúdo que viole nossas políticas", afirmou o Google.
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Divulgação/Google
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Apple acelerou a produção e fretou voos para transportar 600 toneladas de iPhones - cerca de 1,5 milhão de aparelhos - para garantir estoque no mercado norte-americano antes da entrada em vigor do tarifaço de Donald Trump. Para escapar de ‘tarifaço’, Apple encheu seis aviões com Iphones feitos na Índia
Os principais fornecedores da Apple na Índia, Foxconn e Tata, enviaram quase US$ 2 bilhões em iPhones para os Estados Unidos em março, atingindo um recorde histórico, em meio à estratégia da empresa de contornar as tarifas de importação anunciadas pelo presidente Donald Trump.
A Apple ampliou a produção na Índia e fretou voos de carga para transportar 600 toneladas de iPhones para os EUA para garantir estoque em um de seus maiores mercados antes da entrada em vigor do tarifaço.
Pelo menos seis cargueiros foram usados na operação. O peso embalado de um iPhone 14 e seu cabo de carregamento é de cerca de 350 gramas, segundo medições da Reuters, totalizando cerca de 1,5 milhão de iPhones para uma carga total de 600 toneladas.
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iPhones e tarifaço de Trump: foto mostra loja da Apple em Washington, DC, em 8 de abril de 2025
Roberto Schimidt/AFP
Em março, a Foxconn, principal fornecedora da Apple na Índia, exportou smartphones no valor de US$ 1,31 bilhão, o maior valor já registrado em um único mês e igual ao total combinado de janeiro e fevereiro, de acordo com dados alfandegários analisados pela Reuters.
O envio incluiu os modelos Apple iPhone 13, 14, 16 e 16e, e elevou o total de exportações da Foxconn da Índia para os EUA, em 2025, para US$ 5,3 bilhões.
As exportações da Tata Electronics somaram US$ 612 milhões em março, cerca de 63% a mais que no mês anterior, e incluíram os modelos iPhone 15 e 16.
Questionadas pela Reuters, Apple, Foxconn e Tata não se posicionaram sobre o assunto.
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Reação ao tarifaço
Os dados da alfândega mostram que todas as remessas da Foxconn para os EUA, em março, partiram do terminal Chennai Air Cargo e aterrissaram em vários locais, incluindo Los Angeles, Nova York e Chicago, que recebeu a maior parte da carga.
Segundo uma das fontes próximas da estratégia logística da Apple, ouvida pela Reuters, a empresa queria "driblar a tarifa" de Trump ao despachar os iPhones da Índia para os EUA de avião.
A empresa também teria feito lobby com as autoridades aeroportuárias indianas para agilizar o processo alfandegário no aeroporto de Chennai. O objetivo era reduzir o tempo de 30 horas para seis.
No início de abril, o governo dos EUA impôs tarifas de 26% sobre as importações da Índia. Dias depois, Trump suspendeu por 90 dias o programa de tarifas recíprocas e reduziu para 10% as taxas de importação contra países, com exceção da China.
No último sábado (12), Trump excluiu celulares, computadores e outros eletrônicos do programa de 'tarifas recíprocas', mas o governo americano disse, um dia depois, que os itens entrariam em uma nova categoria de tarifas, mantendo o cenário de incerteza sobre as taxas.
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Ferramenta aparece na área de mensagens diretas (DM) e permite escolher quem pode ver onde você está — ou ativar o modo invisível. App do Instagram na App Store, loja de apps da Apple.
Souvik Banerjee/Unsplash
O Instagram começou a testar um recurso que mostra a localização exata do usuário para seus seguidores. A novidade foi liberada para algumas pessoas no Brasil e ainda não há previsão de lançamento para todo mundo, segundo a empresa.
A funcionalidade chamou atenção após vídeos no TikTok afirmarem que seria possível ver a localização de qualquer pessoa em tempo real.
Procurada, a Meta, dona do Instagram, confirmou que o recurso está disponível para um grupo restrito de usuários e destacou que ele vem desativado por padrão — ou seja, é necessário ativá-lo manualmente para que os seguidores tenham acesso ao endereço.
"Estamos realizando um teste que permite que as pessoas optem por compartilhar sua última localização ativa com um grupo específico de pessoas", disse a empresa ao g1.
"Estamos desenvolvendo esse recurso com a segurança em mente, incluindo formas fáceis de controlar quem pode ver sua localização e ocultar locais específicos, como seu local de trabalho, e lembretes para que as pessoas compartilhem sua localização apenas com quem confiam", completou.
A Meta também explicou que a pessoa pode desativar essa ferramenta a qualquer momento.
O g1 fez outros questionamentos à empresa, como o nome do recurso e sua disponibilidade em outros países, mas a Meta não respondeu a essas perguntas.
Vídeos no TikTok, publicados por quem já tem acesso à função, mostram que ela aparece na página das DMs (mensagens diretas), ao lado das notas.
Um ícone de globo com o nome "Mapa" indica o local onde é possível visualizar a localização dos amigos, segundo os usuários.
Em um dos vídeos que mostram a tela do recurso, é possível ver que o Instagram permite compartilhar a localização com "seguidores em comum", "amigos próximos" (também conhecido como "close friends") ou, então, ativar o "modo invisível - oculte sua localização".
Nessa tela, uma observação do próprio Instagram informa que "sua localização exata é atualizada sempre que você abre o Instagram".
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Reprodução/TikTok
"O que eu faço aqui não é romantizar. Eu estou compartilhando a minha experiência."
A frase é da profissional do sexo Sara Müller, que acumula mais de 60 mil seguidores em suas contas nas redes sociais. A paulista de 30 anos publica vídeos quase diários no TikTok sobre o dia a dia da profissão, respondendo perguntas sobre a razão de ter escolhido a carreira e os desafios de trabalhar com sexo.
Ao pé de suas publicações, comentadores se alternam entre elogios à coragem por falar de um assunto tabu - "fala a realidade e tira todos os estereótipos" - e críticas sobre a forma como o tema é tratado - "quer glamourizar a profissão".
"As pessoas acham que a profissional do sexo é uma coitada, que só passa perrengue e apuro. Aí quando aparece alguém falando que está se dando bem, é acusada de estar romantizando", rebate Sara, que trabalha na área desde 2015.
"A profissional que trabalha com sexo não tem que ficar marginalizada, escondida", afirmou ela à BBC Brasil. "Eu gosto de fazer vídeos justamente para tentar abrir a mente das pessoas. É um trabalho como qualquer outro."
Mas ela não é a única "mulher do job" ou GP (abreviação de garota de programa) repreendida nas redes sociais pela franqueza com que trata de sua profissão.
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Perfis de profissionais do sexo que usam plataformas como TikTok e Instagram para divulgar seu trabalho se multiplicaram nos últimos anos, com reações mistas por parte do público.
Além dos vídeos sobre o dia a dia da profissão, as influencers usam o espaço para passar dicas de segurança, compartilhar segredos de beleza e até oferecer mentoria para iniciantes.
"Quando falamos sobre 'job', significa nada mais nada menos do que programa", explica em sua conta Mariel Fernanda, que tem quase 160 mil seguidores em seu TikTok.
A categoria cresceu tanto nas redes sociais que ganhou até referências em músicas e se tornou tema para influenciadores de outros nichos. Não é raro, por exemplo, se deparar com blogueiras especializadas em moda ou beleza repassando indicações sobre o perfume mais atraente, o batom mais resistente ou o melhor método de depilação usado pelas "mulheres do job".
Mas também há quem condene a exploração do corpo da mulher, apoie a abolição da atividade e acuse as criadoras de conteúdo de romantizarem a profissão.
As críticas giram principalmente em torno do temor de que a popularização dos vídeos e das músicas sobre o tema possam influenciar uma nova geração a se aproximar do trabalho sexual sem conhecer a sua realidade completa.
A preocupação também já foi manifestada pelas próprias trabalhadoras sexuais. "Eu sinto que tem muita menina iludida. E está na hora de acordarem para a vida, porque o job não é o mundo da Disney", desabafou uma delas em seu perfil no TikTok.
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'A quem interessa a falta de informação?'
Para Deusa Artemis, profissional do sexo e criadora de conteúdo que usa o codinome no dia a dia de sua profissão, as redes sociais são justamente uma forma de combater a falta de informação.
"Entramos para prostituição sem nenhuma informação - e isso leva muita gente achar que é um trabalho fácil", disse em entrevista à BBC Brasil. "O que muitas meninas fazem, inclusive eu, é divulgar e conversar para que o trabalho seja mais seguro e para que se crie uma comunidade mais unida."
Deusa Artermis entrou para o trabalho sexual há dois anos e usa as redes sociais para discutir o tema
Arquivo pessoal via BBC
Em sua conta no TikTok, que tem mais de 25 mil seguidores, ela divulga orientações sobre como iniciar na carreira, sugestões para aumentar o lucro e dicas de segurança e saúde.
"Não vejo nenhuma GP romantizando a profissão. Todas que sigo estão mostrando o seu dia a dia, falando das dificuldades e das coisas boas - porque tem coisa boa também, viu?", defende.
"A quem interessa que uma menina entre no trabalho sexual sem nenhum tipo de informação?", questiona a paulista de 32 anos. "Só ao homem que vai usufruir desse serviço e tirar vantagem dessa mulher."
Ela se diz ainda muito incomodada pela "hipocrisia" com que grande parte da sociedade trata as profissionais do sexo.
"Ao mesmo tempo em que me sentia marginalizada, era tratada com agressividade por alguns, não parava de ser procurada pelos homens que usam e abusam desse serviço", relata.
Profissional do sexo há pelo menos dois anos, ela começou a cursar Ciências Sociais em uma faculdade federal para ajudá-la em seu objetivo como defensora da causa.
"Entrei nas redes sociais justamente para bater de frente com o hate [ódio, em inglês]."
A gaúcha Monique Prado também vê nas redes sociais uma forma de combater o preconceito.
"Através das redes sociais, vemos cada vez maior o número de pessoas se declarando trabalhadoras sexuais - homens e mulheres, cis e trans. Saber que existem, acompanhar a rotina e postagem dessas pessoas é muito positivo, ajuda a combater o estigma, mostra que existimos e estamos mais perto do que as pessoas imaginavam", diz à BBC Brasil.
Monique atua como profissional do sexo desde os 19 anos e nas redes sociais divulga não apenas seu trabalho como acompanhante e produtora de conteúdo adulto, mas também escritora e ativista.
"Que a gente mostre este lado que a sociedade esconde, que o trabalho sexual é um trabalho, que também somos bem tratadas, que muitas vezes ganhamos bem e que nosso trabalho nos permite ter uma vida digna, muitas vezes estendendo ela a nossas famílias, me parece muito positivo e ajuda demais a amenizar o estigma", afirma.
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'O job não é o mundo da Disney'
Além de usar suas redes sociais para contar histórias do seu trabalho, Sara Müller também oferece serviço de mentoria para outras mulheres no trabalho sexual.
"Faço uma análise do contexto das mulheres que me procuram, do porquê que elas querem começar e dos caminhos que elas podem pegar baseado na minha vivência", relata.
"Indico métodos que funcionaram para mim, como abrir uma rede social e investir em ensaios de foto, por exemplo. Mas nunca vou falar para alguém começar numa boate, porque eu nunca passei por isso."
"A profissional que trabalha com sexo não tem que ficar marginalizada, escondida", diz Sara Müller
Arquivo pessoal via BBC
Sara afirma ainda que a grande maioria das pessoas que a procuram já atuam como trabalhadoras sexuais, ainda que há pouco tempo. Ela afirma nunca ter auxiliado mulheres que estavam "deslumbradas" ou pouco cientes das dificuldades e riscos da carreira.
E ela não é a única que usa a plataforma para buscar clientes entre as próprias profissionais do sexo.
Mariel Fernanda, por exemplo, oferece aconselhamento para mulheres maiores de 18 anos que queiram produzir conteúdo adulto para a internet. "Seu corpo, suas regras, seu lucro", diz seu site, Mentoria para Musas.
Além de um canal no Telegram para compartilhamento de experiências, a mentoria inclui aconselhamento particular e documentos, fotos, áudios e vídeos com dicas.
Outra influenciadora do meio, que se identifica nas redes apenas como Dihmayara, afirma que é procurada com frequência por mulheres que querem entrar no ramo, apesar de não oferecer nenhum serviço oficial de aconselhamento.
Em uma série de vídeos postados em fevereiro, ela se abriu sobre sua frustração em torno da romantização da profissão.
"A mensagem que mais recebo no direct [caixa de mensagens privadas no Instagram ou TikTok] é 'quero entrar para o job'", diz. "Quando leio, penso 'meu, quem foi que romantizou a prostituição?'".
Dihmayara afirma sempre ter falado "a verdade sobre o job" e se preocupar com mulheres que "acham que vai ser fácil" entrar para a prostituição. "Parem de achar que job é conto de fadas, é um mundo da Disney", diz.
"Parem de achar que as meninas que vocês seguem por aí que romantizam o job tem uma vida perfeita - porque elas não têm", diz. "A gente só posta a parte boa da vida, e com o job é a mesma coisa."
A trabalhadora do sexo e influenciadora também usou as redes sociais para fazer um alerta para as mulheres que desejam seguir a carreira em busca de "dinheiro fácil".
"A parte ruim existe e ela é 80% do job", desabafou.
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Um fenômeno histórico
O antropólogo Thaddeus Blanchette, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisador associado do Observatório da Prostituição, reconhece os muitos desafios que as trabalhadoras do sexo enfrentam em seu cotidiano, mas associa as acusações sobre romantização ao estigma que envolve o tema.
"Ninguém questiona se qualquer outra profissão está sendo glamourizada nas redes sociais", diz. "Não vemos questionamentos sobre a romantização da profissão de policial em filmes e programas de TV, por exemplo."
Para Blanchette, ninguém escolhe a prostituição por glamour. "Basta apenas observar a forma como as profissionais do sexo são tratadas na sociedade brasileira para perceber que a ideia de que um vídeo na internet pode glamourizar a vida de prostitutas não faz sentido nenhum", diz.
"Devemos olhar para os problemas que as trabalhadoras do sexo enfrentam e discutir como podemos, como sociedade, ajudá-las e protegê-las. Não falar de glamourização", diz o especialista.
Ele alerta, porém, que pode haver exceções. "Mas claro, tudo depende de quem está produzindo e qual é o conteúdo. Estou dando apenas uma visão geral, sem analisar nenhum caso específico."
No Brasil, a prática da prostituição por adultos, de forma voluntária e autônoma, não é criminalizada. O que o Código Penal Brasileiro considera crime é a exploração da prostituição alheia, especialmente quando há lucro com o trabalho sexual de outra pessoa.
E apesar da Classificação Brasileira de Ocupações reconhecer a prostituição como trabalho livre, os profissionais do sexo não têm acesso formal a direitos trabalhistas no país.
Ainda segundo o pesquisador, a adaptação das "mulheres do job" às redes sociais, da maneira como estamos observando hoje, era só questão de tempo.
"A prostituição está e esteve presente em todas as sociedades do mundo, segundo os arquivos históricos. E toda vez que uma nova mídia de comunicação surge, as trabalhadoras do sexo se adaptam a ela para encontrar clientes, escapar de exploradores e aumentar a sua segurança", diz. "Os primeiros grupos a usar os jornais para colocar propagandas no século 18, foram as prostitutas."
"Então o que estamos vendo agora não é nada novo."
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Marginalização e violência
Especialistas que atuam na área consultados pela BBC Brasil reconhecem, porém, que há um abismo de desigualdade na forma como o trabalho sexual é exercido e tratado no Brasil.
Isto é, as "mulheres do job" que ganham a vida cobrando altos valores por encontros usam as redes sociais para atrair clientes ou realizam apenas atendimentos virtuais são apenas uma amostra do que significa ser profissional do sexo no Brasil atualmente, dizem.
A delegada de polícia e doutora em Sociologia e Direitos Humanos Cyntia Carvalho e Silva chama a atenção para a importância de enxergar a ocupação como um todo.
"A prostituição de rua, por exemplo, não é nada glamourizada. Muitas prostitutas vivem marginalizadas, especialmente as mulheres trans, negras e as prostitutas mais idosas", diz. "Há muitos casos também de pessoas que se prostituem para alimentar o vício, aceitando fazer um programa por algo como R$ 5 ou uma pedra de crack."
Segundo a profissional que atua na Delegacia de Combate à Discriminação no Distrito Federal, muitas profissionais do sexo também vêm seu ofício associado à criminalidade contra a sua vontade.
"Apesar da crença de que a prostituição está sempre ligada ao tráfico de drogas, na maioria das vezes são as prostitutas que se tornam vítimas dessa criminalidade", argumenta Carvalho e Silva.
Além disso, não são incomuns os casos de violência contra trabalhadoras do sexo, afirma. Segundo a delegada, as agressões partem principalmente dos exploradores, mas também em alguns casos dos clientes.
Mas segundo ela, é difícil ter uma ideia precisa do quanto a violência afeta as profissionais do sexo no Brasil, já que a subnotificação é grande e, quando denunciados, os casos nem sempre são registrados de uma maneira que identifique a verdadeira ocupação da vítima.
"As profissionais do sexo têm que ser ouvidas, temos que falar sim da atividade de prostituição, mas sempre trazendo esse contraponto de que é uma atividade difícil, heterogênea e que não tem acesso a direitos trabalhistas no Brasil neste momento", opina Carvalho e Silva.
O antropólogo Thaddeus Blanchette estuda ainda como essa desigualdade na forma de exercer o trabalho sexual cresceu durante e após a pandemia de covid-19.
"Há uma enorme divisão entre quem pode usar as novas mídias sociais e quem não tem ideia ou condições de como fazer isso", afirma.
Segundo o pesquisador, enquanto parte das profissionais do sexo se especializaram em produzir conteúdo para a internet, outra parcela encontrou dificuldade de navegar nas novas mídias. "Grupos de mulheres mais velhas, acima de 40 anos, tiveram que tomar cada vez mais riscos ou migrar para outros trabalhos incrivelmente mal-remunerados para continuar a ganhar dinheiro", relata.
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'A gente se complementa'
Por tudo isso, a ativista e profissional do sexo Juma Santos acredita que o caminho para a conquista de mais direitos e respeito passa por uma união entre todas as classes e gerações.
Ela é coordenadora da Rede de Redução de Danos e Profissionais do Sexo do DF e fundadora da Tulipas do Cerrado, uma organização sem fins lucrativos que ampara profissionais do sexo e moradores de rua do Estado.
As mulheres e homens no seu dia a dia, relata, têm uma realidade muito distinta daquela mostrada pelas do "job" nas redes sociais.
"Mas isso não quer dizer que elas estejam negligenciando uma parte da comunidade", diz. "Essa realidade não faz parte do cotidiano delas, e é muito difícil querer abranger todo o trabalho sexual."
Ao mesmo tempo, diz Juma Santos, as gerações mais velhas de profissionais do sexo têm muito a contribuir no debate sobre luta contra estigmas e conquista de direitos pela classe.
"As 'meninas do job' estão dando um grande passo na nossa luta. O desafio agora é unir o novo ao antigo para que nós consigamos trabalhar unidas e atingir todos os públicos."
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Agência do governo dos EUA diz que a Meta, dona do Facebook, criou um monopólio ilegal ao comprar duas plataformas voltadas para conectar amigos e familiares. Mark Zuckerberg, CEO da Meta
Reuters
Mark Zuckerberg, presidente-executivo da Meta, depôs nesta segunda-feira (14), no primeiro dia de um julgamento sobre supostas práticas anticompetitivas da empresa, dona do Facebook, ao comprar o Instagram e o WhatsApp.
A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês), agência do governo americano, acusa a Meta de manter um monopólio ilegal no mercado de redes sociais. O objetivo da ação é fazer a empresa reestruturar seu negócio ou vender o Instagram e o WhatsApp.
O advogado da FTC Daniel Matheson apresentou antigos comentários de Zuckerberg e arquivos da Meta, como um documento em que a empresa diz que "as pessoas usam o Facebook para se manterem conectadas", o que é visto como o mesmo segmento do Instagram e do Facebook.
"Eles decidiram que a concorrência era muito acirrada e que seria mais fácil comprar seus rivais do que competir com eles", disse o advogado da FTC Daniel Matheson, segundo o jornal Washington Post.
Zuckerberg tentou rebater as alegações de que a Meta teve o objetivo de acabar com a concorrência ao comprar outras duas plataformas que também permitem conectar amigos e familiares. Segundo ele, o objetivo do Facebook vai além disso.
"A grande maioria da experiência gira mais em torno da exploração de seus interesses, entretenimento, coisas assim", disse Zuckerberg, ainda de acordo com o Washington Post. "Essa tem sido a tendência ao longo de toda a história da empresa".
O executivo disse que a empresa identificou que usuários do Facebook querem ter acesso ao que seus amigos publicam, mas também interagir com conteúdo de influenciadores que eles não conhecem pessoalmente, segundo o Washington Post.
"As pessoas continuaram se envolvendo com mais e mais coisas que não eram o que seus amigos estavam fazendo", afirmou, de acordo com a Reuters.
A Meta, então Facebook Inc., comprou o Instagram em 2012 e o WhatsApp em 2014, que passaram a operar sob o mesmo guarda-chuva do Facebook. A FTC aprovou as compras, mas disse que os efeitos das duas negociações seriam monitorados.
O Washington Post afirma que a abordagem da FTC para este caso foca na alegação de que os usuários foram prejudicados pelas práticas da Meta, e não em aumentos de preço por serviços, como costuma acontecer nesse tipo de caso.
Uma eventual venda do Instagram e do WhatsApp terá um grande impacto nos negócios da Meta. A empresa tem metade do seu faturamento nos EUA gerado pelo Instagram, segundo projetções da consultoria eMarkerter.
O julgamento será realizado durante esta semana e ouvirá executivos atuais e antigos da Meta, incluindo a ex-diretora de operações Sheryl Sandberg, a então "número dois" da empresa.
O julgamento começa em um momento em que as grandes empresas de tecnologia dos EUA estão alinhadas com o governo de Donald Trump. A Meta, por exemplo, doou US$ 1 milhão para a posse do presidente americano, e Zuckerberg foi um dos empresários que compareceram à cerimônia.
Mark Zuckerberg, Lauren Sanchez, Jeff Bezos, Sundar Pichai e Elon Musk presentes na cerimônia de Trump
Julia Demaree Nikhinson/Reuters
Por que Zuckerberg se dobrou para Trump
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Medida acontece em meio a esforços de Trump para estimular a fabricação nacional de tecnologia e pouco depois do presidente anunciar a isenção das 'tarifas recíprocas' para eletrônicos. Nvidia anuncia investimento bilionários nos EUA em meio à esforços de Trump para estimular fabricação nacional de eletrônicos.
Reuters
A Nvidia, fabricante de super chips de inteligência artificial, anunciou plano de investir até US$500 bilhões em servidores de IA nos Estados Unidos nos próximos quatro anos.
O comunicado foi feito nesta segunda-feira (14), poucos depois Trump determinar que eletrônicos, como chips e smartphones, não seriam impactados pelas 'tariças recíprocas' anunciadas por ele há cerca de duas semanas.
O anúncio de novas tarifas de importação foi um esforço de Trump para estimular a fabricação nacional de produtos, como os eletrônicos (veja mais abaixo). Hoje, a maior parte dos processadores da Nvidia, por exemplo, é fabricada em Taiwan.
Segundo a empresa, o novo investimento nos EUA inclui a produção de super chips (Blackwell AI), em uma fábrica da TSMC em Phoenix, no estado do Arizona, e a construção de unidades de supercomputadores no Texas pelas empresas Foxconn e Wistron.
As novas instalações devem entrar em operação entre 12 e 15 meses.
A companhia afirmou que a produção de chips de IA e supercomputadores nos EUA vai gerar centenas de milhares de empregos nas próximas décadas.
Tarifas e produção nos EUA
Com a medida, a Nvidia se junta a outras gigantes da tecnologia que têm anunciado a realocação da produção para os EUA, em meio ao risco de tarifas mais altas.
Com maiores tarifas de importação, os produtos fabricados na Ásia e vendidos nos EUA, por exemplo, ficariam mais caros, segundo especialistas.
"É improvável que a Nvidia tivesse transferido qualquer produção para os EUA se não fosse pela pressão do governo Trump", disse Gil Luria, analista da DA Davidson.
Para ele, o valor prometido pode ser exagerado: "O número de meio trilhão é provavelmente uma hipérbole, da mesma forma que a Apple fez uma promessa de meio trilhão."
Em fevereiro, a Apple, que realiza a montagem da maioria de seus iPhones na China, prometeu investir US$500 bilhões nos EUA nos próximos quatro anos, incluindo para a construção de uma fábrica no Texas para servidores de IA.
Durante uma reunião na Casa Branca, Trump comentou o anúncio da empresa. “A razão pela qual eles fizeram isso é a eleição de 5 de novembro e uma coisa chamada tarifas”, disse.
O presidente-executivo da Nvidia, Jensen Huang, disse em março que a empresa enxergava pouco impacto no curto prazo das tarifas mais elevadas dos EUA, mas que moveria a produção para o país no longo prazo, sem especificar um cronograma.
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O fundador da Amazon e da Blue Origin (responsável pela missão) levantou logo após a queda. Nas redes sociais, usuários compartilharam o vídeo e reagiram com bom humor. Jeff Bezos leva tombo no retorno do voo da Blue Origin
Jeff Bezos tropeçou em um buraco e caiu de cara no chão de terra após o retorno da nave que levou sua noiva, a jornalista Lauren Sánchez, Katy Perry e outras quatro mulheres ao espaço. A missão aconteceu na manhã desta segunda-feira (14) e foi considerada um sucesso.
O fundador da Amazon e da Blue Origin — empresa de foguetes responsável pela missão — levantou rapidamente após o tombo.
Tombo de Bezos
g1
O vídeo do momento foi compartilhado nas redes sociais e internautas reagiram com bom humor: “Pra quem diz que quer ver um bilionário cair, aí está o primeiro kkk”, escreveu um usuário no X (antigo Twitter).
Usuários compartilham vídeo de tombo de Bezos nas redes sociais
Reprodução/X
Outro brincou que Bezos caiu de emoção ao ver a noiva de volta do espaço.
Usuário compartilha queda de Bezos
Reprodução/X
🚀Como foi a viagem espacial
Katy Perry decola ao espaço em nave com tripulação 100% feminina em viagem da Blue Origin
Reuters
O lançamento aconteceu às 10h31 (horário de Brasília), e tanto a cápsula quanto o foguete retornaram em segurança cerca de dez minutos depois.
O voo foi suborbital, ou seja, a nave não escapou completamente da gravidade da Terra. Mesmo assim, a viagem tinha a previsão de ultrapassar a Linha de Kárman — marca de 100 km de altitude reconhecida como o início do espaço.
Jeff Bezes aparece orando com a tripulação antes da viagem
Reprodução/Blue Origin
O voo foi acompanhado por Bezos e outras celebridades como Oprah Winfrey e as Kardashians.
Segundo a Blue Origin, esta foi a primeira viagem espacial com uma tripulação exclusivamente feminina desde a Vostok 6, em 1963, quando a russa Valentina Tereshkova foi sozinha ao espaço.
A empresa começou a enviar turistas e celebridades para o espaço em julho de 2021.
Emoção no retorno: Katy Perry beija o chão
Katy Perry beija o chão após sair da nave.
Reprodução/Blue Origin
Ao retornar à Terra, Katy Perry beijou o chão em celebração (veja na foto acima). Após a ida ao espaço, ela foi a segunda a deixar a cápsula da Blue Origin, logo após a jornalista Lauren Sánchez, esposa de Jeff Bezos, dono da empresa e também da Amazon.
Durante a missão, Perry revelou que cantou "What a Wonderful World", de Louis Armstrong, no espaço.
"Já havia cantado essa música antes, mas nunca imaginei que faria isso no espaço", comentou ela em entrevista logo após a viagem.
"Mas não é sobre mim, não é sobre cantar minhas músicas. É sobre o coletivo, sobre nós, sobre abrir espaço para mulheres no futuro. É sobre pertencer. É sobre esse mundo maravilhoso que a gente vê e apreciá-lo. É tudo pelo benefício da Terra", disse ela.
"Estou superconectada ao amor, tão conectada ao amor. Acho que essa experiência me mostrou que você nunca sabe quanto amor está dentro de você, quanto amor você dá e o quão amado você é", completou Katy.
Katy Perry e outras 5 mulheres pousam após missão espacial
VÍDEOS mostram momento a momento do voo
CELEBRIDADES: Oprah e Kardashians estavam no lançamento
Katy Perry vai ao espaço com tripulação 100% feminina
g1
Jeff Bezos tropeça e cai de cara no chão após retorno de missão da Blue Origin com sua noiva e Katy Perry
g1